Após ameaças, defesa pede transferência de mãe que jogou bebê no Lago
Advogado entrou com pedido de habeas corpus requerendo a internação de Elisângela Carvalho em uma clínica particular
atualizado
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A defesa de Elisângela Cruz dos Santos Carvalho, 36 anos, entrou com pedido de habeas corpus requerendo a transferência dela da Penitenciária Feminina do DF (Colmeia) para uma clínica particular. Atualmente, ela é mantida na Ala de Tratamento Psiquiátrico (ATP) da unidade prisional. Segundo o advogado de Elisângela, Onildo da Silva Filho, ela tem recebido ameaças no local.
Ainda de acordo com Onildo da Silva Filho, o habeas corpus foi impetrado na última sexta-feira (7/4), e a defesa espera o parecer de um juiz. “Nesta terça (18), houve um ofício para solicitação de informações, então acredito que o pedido deva ser julgado logo”, explica. O defensor afirma que já há uma clínica disposta a receber Elisângela.“O caso foi muito noticiado, então as outras internas ficaram sabendo e Elisângela está correndo riscos. Por isso, acredito que seja melhor para minha cliente ficar internada em uma clínica particular”, explica o defensor. A mulher é acusada de jogar o filho Miguel Santos Carvalho, de apenas cinco meses, no Lago Paranoá.
O corpo do pequeno Miguel foi encontrado no dia 9 de abril, boiando no Lago Paranoá. A criança e a mãe foram identificadas dois dias depois. Elisângela estava desaparecida e foi encontrada na última quarta-feira (12), em cima de uma árvore, em uma casa na QL 26 do Lago Sul.
Em depoimento ao delegado Plácido Sobrinho, da 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul), ela confessou ter atirado o filho no lago e disse que permanecia no local desde o dia do crime. De acordo com parentes, a mãe passava por um quadro de depressão. Dois dias antes de jogar o bebê no Lago Paranoá, ela havia saído de casa com Miguel e o filho mais velho, de 4 anos.
A prisão de Elisângela foi decretada pela Justiça na última quinta-feira (13/4) e desde então ela é mantida na Penitenciária Feminina do DF.