Após ameaça de morte a integrantes do TCDF, Secretaria Nacional de Segurança Pública e Polícia Civil vão ministrar cursos de defesa pessoal
Instrutores da Divisão de Operações Especiais (DOE) vão dar aulas em 19 de fevereiro. Durante o encontro, conselheiros da Corte usarão pistolas .40 e aprenderão técnicas de tiro
atualizado
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A Divisão de Operações Especiais (DOE) da Polícia Civil promoverá um curso especial para os conselheiros do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) e os procuradores do Ministério Público de Contas do DF, em 19 de fevereiro. A proposta surgiu após o presidente do TCDF, Renato Rainha, e o conselheiro Manoel de Andrade receberem ameaça de morte.
Nesta quarta-feira (3/2), integrantes da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) se reuniram com o presidente do TCDF e com o conselheiro Márcio Michel — ex-delegados de polícia — para oferecer capacitação específica para vigilantes, motoristas e alguns servidores da Corte.Durante o curso, os funcionários do TCDF e do Ministério usarão pistolas .40 e vão aprender técnicas de tiro. As aulas serão ministradas por seis instrutores da DOE que compõem o quadro da Seção de Segurança do Dignitário e Proteção a Pessoas.
O curso servirá de projeto-piloto para os Tribunais de Contas de outras unidades da Federação. Nele, os motoristas devem aprender direção ofensiva, defensiva e condução específicas para o transporte de autoridades.
Conselheiros e procuradores podem ter aulas sobre condutas de segurança, incluindo até o uso de mídias sociais. Os servidores vão ser orientados sobre como agir em situações de risco. O presidente do TCDF, Conselheiro Renato Rainha, quer reforçar a segurança dos prédios da Corte, com a aquisição de novos detectores de metais.
Carta
Uma carta endereçada a Renato Rainha e a Manoel de Andrade chegou ao órgão em 11 de janeiro, mas só foi aberta no dia 15, devido ao recesso. As ameaças se referiam à abertura de processos que investigam fraudes no recebimento da chamada indenização de transporte por integrantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros do DF.
O episódio motivou uma reunião com o Conselho do Tribunal e os integrantes da Corte. Todos entenderam que havia um risco real. Por isso, os órgãos, com o apoio da Polícia Civil, decidiram oferecer o curso de defesa pessoal.