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Após ajustes em proposta, grupo privado assume gestão da Arenaplex

Consórcio vai administrar Mané Garrincha, Ginásio Nilson Nelson e Parque Aquático Cláudio Coutinho. Única interessada no negócio quase foi desqualificada depois de parecer da Terracap

atualizado

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Igo Estrela/Metrópole
1 de 1 - Foto: Igo Estrela/Metrópole

O Consórcio Boulevard Show de Bola assumirá a gestão do Estádio Nacional Mané Garrincha e do Centro Esportivo de Brasília (Arenaplex), que inclui o Ginásio Nilson Nelson e o Complexo Aquático Cláudio Coutinho. O grupo pretende investir cerca de R$ 700 milhões na modernização dos espaços e prometeu realizar, por ano, pelo menos cinco grandes eventos internacionais e 10 nacionais.

Antes de celebrar o contrato, a sociedade privada passou por uma prova de fogo. Como antecipou o Metrópoles, em 4 de abril último, um parecer técnico da Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap) desqualificou de ponta a ponta o único licitante interessado no negócio.

Documento ao qual a Grande Angular teve acesso demonstrava que o grupo — também chamado de Consórcio BSB — não atendeu a cinco dos sete macrocritérios previstos no edital – entre eles, o de não informar a contento o plano de execução das funções da concessionária e a descrição dos programas pretendidos. Também foi ignorada a exigência referente à preservação do conjunto urbanístico de Brasília e incoerência entre as planilhas e os valores apresentados.

Para o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), o Mané Garrincha “foi um grande erro das gestões anteriores”, mas destacou já ter passado da hora de o local começar a ser utilizado sem onerar tanto os cofres públicos.

Acessibilidade

Outro achado da equipe destacada para esmiuçar o projeto do consórcio interessado em administrar o Mané Garrincha, o Nilson Nelson e Parque Aquático referia-se a problemas na acessibilidade e utilização de mobiliário urbano, como calçadas, conectividade dos caminhos de pedestres e ciclistas e criação de eixos de circulação nas adjacências do complexo.

Segundo o titular do Palácio do Buriti, todas as inconsistências apontadas pela Terracap foram sanadas pelo Consórcio BSB. “Tudo aquilo que foi solicitado à empresa, ela cumpriu. Fez todas as adequações, que eram necessárias, porque, do contrário, corríamos o risco de não ter clareza necessária para que o processo andasse”, ressaltou Ibaneis.

Pelas contas do chefe do Executivo local e do consórcio, o novo modelo de gestão vai possibilitar a contratação de 4 mil pessoas de forma direta.

Prazo para assumir

A partir da assinatura da parceria, o grupo tem 180 dias para assumir, de fato, a gestão do espaço. Os responsáveis pela RNGD Consultoria de Negócios e Arena do Brasil terão de pagar ao GDF R$ 5 milhões por ano pelo direito de gerir e explorar o Mané Garrincha e suas vizinhanças.

No entendimento de Ibaneis, o valor da concessão não é a questão central para o DF. “Essa obra custou R$ 2 bilhões. Se você faz a conta dela e pega o valor de mercado, seria bem mais do que isso. Agora, o que acontece? Quando você tem um equipamento público, gerir pelo estado se torna muito dispendioso”, argumentou, destacando que a troca do gramado do Mané Garrincha beira os R$ 800 mil.

De acordo com o diretor do consórcio, Richard Dubois, o grupo já administra 18 arenas na Europa, em cidades como Amsterdã (Holanda), Paris (França) e Moscou (Rússia).

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