Após 3 dias, incêndio em mata próximo ao Aeroporto JK é controlado
Segundo o CBMDF, apesar de o fogo ter sido contido, equipes seguem “combatendo focos em área de mata mais densa e fechada”
atualizado
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Três dias após um incêndio atingir uma área de mata próxima ao Aeroporto de Brasília, a “situação é considerada controlada”, segundo o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF).
Ao Metrópoles a corporação informou que apesar de o fogo ter sido contido, equipes seguem “combatendo focos em área de mata mais densa e fechada”.
De acordo com testemunhas, as chamas começaram no início da tarde de sábado (28/9). A cena, que tem sido vista com frequência no Distrito Federal, foi registrada por um motorista que passava pela região.
“Mais um incêndio aqui, próximo ao Lago Sul e de grandes proporções, infelizmente. […] Esse agora também está assustando”, disse o motorista.
Veja:
Moradores do Lago Sul e da quadra 25 do Park Way também relataram a propagação do fogo para as cidades.
Em nota divulgada no domingo (29/9), o CBMDF disse que as chamas tiveram início na região do Jardim Botânico, próximo ao Aeroporto de Brasília, e passaram a ser combatidas desde as 13h de sábado (28).
Para a atuação, bombeiros utilizam 27 viaturas da corporação, a aeronave Nimbus e cerca de 150 militares. Ainda não há informações sobre o que teria causado o incêndio.
Pista Fechada
No sábado (28/9), a Inframerica – administradora do Aeroporto de Brasília – declarou ao Metrópoles que, devido à fumaça causada pelo incêndio, uma das pistas do terminal aéreo foi fechada para pousos e decolagens. Até o fim da tarde do dia, somente uma pista seguia operando normalmente no aeroporto.
Por volta das 19h30 do mesmo dia, contudo, a empresa informou que a pista que havia sido bloqueada foi liberada. De acordo com a Inframerica, pousos e decolagens não foram prejudicados.
Queimadas
Em apenas 18 dias de setembro, o Distrito Federal registrou 24% mais áreas queimadas do que todo o ano de 2024. A série de incêndios que atingiu Brasília nas primeiras semanas de setembro queimou 10 mil hectares, enquanto, de janeiro a agosto, foram 8 mil hectares no DF.
O incêndio no Parque Nacional de Brasília, maior unidade de conservação da capital, deixou a cidade coberta por fumaça. O fogo atingiu mais de 1.338 hectares de vegetação nativa, praticamente o dobro do que havia queimado no parque nos meses anteriores. Os dados são do Monitor do Fogo, coordenado pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM).
Segundo o instituto, os 10 mil hectares queimados apenas nos primeiros 18 dias de setembro já são 319% maiores do que a queimada de janeiro ao final de setembro em 2023, quando as chamas atingiram 4,3 mil hectares.
Crime
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) informou que qualquer caso de incêndio em vegetação será tratado, no mínimo, como crime com dolo eventual – quando se assume a responsabilidade sobre uma ação que possa, ocasionalmente, resultar em um delito, como ingerir bebida alcoólica e assumir a direção de veículo automotor, por exemplo
