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Após 3 anos do resgate, 32 cães são entregues aos novos tutores no DF

Denúncia de maus-tratos ocorreu em 2018. Após processo correr na Justiça, os animais foram adotados e entregues aos tutores neste sábado

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Cães adotados
1 de 1 Cães adotados - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Após mais de três anos de um processo que correu no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), chegou ao fim a espera dos novos tutores que adotaram 32 cães vítimas de maus-tratos, resgatados pela Delegacia Especial de Proteção ao Meio Ambiente e à Ordem Urbanística (Dema), em uma residência de Taguatinga Norte, em 2018.

Ao Metrópoles, a advogada e protetora de animais Ana Paula Vasconcelos, integrante da Comissão de Defesa dos Direitos dos Animais da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional do Distrito Federal (OAB-DF), que atuou na ação junto aos policiais, contou que 30 cães da raça yorkshire e dois maltês, viviam em ambiente fétido, dentro de gaiolas, quando foram resgatados em julho de 2018.

Veja imagens dos cãezinhos com os novos tutores:

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Cães viviam em canil clandestino de Taguatinga Norte
Adoções foram concretizadas no Parque da Cidade na manhã deste sábado (5/3)
Os cães foram entregues aos novos tutores nesse sábado (5/3)
Animais eram vítimas de maus-tratos
Novos tutores
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No total 30 cães da raça yorkshire foram resgatados

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Cães viviam em canil clandestino de Taguatinga Norte

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Adoções foram concretizadas no Parque da Cidade na manhã deste sábado (5/3)

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Os cães foram entregues aos novos tutores nesse sábado (5/3)

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Animais eram vítimas de maus-tratos

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Novos tutores

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Ana Paula Vasconcelos

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Na denúncia, há relatos de odor forte, desagradável e ainda de que o local onde os cães estavam amontoados parecia não ser limpo há bastante tempo.

Inicialmente, os cachorros foram encaminhados para lares temporários para receber os cuidados necessários.

“À época do resgate, nós chegamos ao endereço e encontramos os animais com giárdia [doença na qual o animal tem sintomas como diarreia, vômito e depressão seguida de perda de peso], apresentando problemas neurológicos, de pele e na musculatura por ficarem constantemente apoiados em gaiolas”, detalhou Ana Paula.

A briga judicial se iniciou no mesmo ano. A dona dos animais e proprietária do canil clandestino não quis abrir mão dos cães. “Ela entrou com ação de pedido de restituição e eu me habilitei no processo como assistente de acusação e conseguimos que fosse negado a restituição dos animais”, contou.

Ainda de acordo com a advogada, no andamento do processo, a proprietária do canil foi condenada, entrou com recursos, inclusive no Supremo Tribunal Federal (STF) e, após a ação transitar em julgado, a adoção dos animais pôde ser formalizada no fim de fevereiro deste 2022.

“Muitos têm sequelas dos maus-tratos sofridos. Eles viviam horrores. Dormiam em pé nas gaiolas. A carga emocional deles é alta e existem danos psicológicos. Isso traça a exploração de animais que a gente tanto tenta combater. O nosso objetivo é conscientizar a população para não comprar animais evitando alimentar esse comércio tão cruel”, pontuou Vasconcelos.

As famílias selecionadas ficaram definitivamente com os cães. As adoções dos cãezinhos foram concretizadas neste sábado (5/3), no Parque da Cidade.

“Hoje nós concretizamos as adoções com a assinatura dos termos de adoção. Estamos felizes com o reconhecimento do judiciário pelo direito dos animais a uma vida sem exploração. Consideramos uma decisão muito importante para que tenhamos cada vez mais, entendimentos como esse”, concluiu Ana Paula.

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