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Após 22 dias, corpo de bebê trocado no Hospital do Paranoá é exumado

Pais tiveram de recorrer à Defensoria Pública. Caso aconteceu no fim de junho e a unidade de saúde admitiu a culpa pelo equívoco

atualizado

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hospital regional Paranoa
1 de 1 hospital regional Paranoa - Foto: Google Street View/Reprodução

Depois de 22 dias de espera, o drama de Francisco Faustino, 39 anos, e Fabrícia da Silva, 29, está prestes a chegar ao fim. O corpo do bebê morto do casal – trocado e enterrado no lugar do natimorto de outro paciente devido a uma confusão do Hospital da Região Leste do Paranoá – foi, enfim, exumado na manhã desta quinta-feira (19/7).

Francisco recorreu à Defensoria Pública do Distrito Federal, na tentativa de uma solução mais eficaz para o caso, e registrou um boletim de ocorrência. “A Defensoria disse que eles [funcionários do cemitério] não quiseram exumar o corpo, pois não são obrigados a fazer isso”, contou o pai da criança, que não desistiu de garantir seu direito a enterrar de forma apropriada o filho.

A Polícia Civil confirmou que o corpo foi exumado e os genitores se submeteram a exame de DNA para assegurar o parentesco com o bebê. Com o resultado, eles poderão providenciar o sepultamento.

O caso
Na época, a direção do hospital assumiu o erro e culpou a semelhança entre os nomes dos pais: Fabrícia da Silva Borges e Francisco Faustino, que perderam um menino com 37 semanas de gestação; e Francisca Nalani Fabrício, a outra mãe, a qual esperava uma menina e estava com 20 semanas de gravidez.

Francisca Nalani Fabrício teria dado entrada no hospital em 20 de junho, sentindo fortes dores abdominais e sem saber que estava grávida. Um procedimento cirúrgico de emergência foi realizado para a retirada do feto – já morto.

“Esse feto acabou sendo trocado com o de outra família que também perdeu um bebê, cujos pais se chamam Fabrícia da Silva Borges e Francisco Faustino. A semelhança entre os nomes teria confundido a equipe médica. Assumimos o erro e pedimos desculpas aos familiares. É um caso inédito para nós. Nunca tínhamos lidado com isso”, explicou Leonardo Ramos, diretor do hospital.

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