Após 20 dias, carros são retirados dos escombros de viaduto do Eixão
Bancário que teve a Hillux soterrada diz que o veículo, avaliado por ele em R$ 110 mil, virou “monte de ferro retorcido”
atualizado
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Quase 20 dias depois do desabamento de parte do viaduto da Galeria dos Estados, no Eixão Sul, o bancário Lindemberg Silva, 50 anos, pôde finalmente ver o que sobrou da sua Toyota Hillux 2013, avaliada em R$ 110 mil, segundo ele. “Um monte de ferro retorcido”, resumiu.
Avisado na noite desse sábado (24), ele foi ao local acompanhar o trabalho de retirada do bloco que caiu em cima de outros quatro carros. E conseguiu recuperar documentos pessoais, do veículo e o que sobrou do notebook.Já o vendedor Fernando Silva, 38, não foi sequer avisado de que o bloco de concreto estava sendo retirado este fim de semana. “Não entraram em contato”, disse. Ele perdeu um Palio ano 2015/2016 e, desde o acidente, em 6 de fevereiro, usa o veículo do irmão para trabalhar.
A expectativa dos motoristas é de que, no dia 2 de março, possa haver conciliação na Justiça para que os danos sejam ressarcidos. O governo prometeu cobrir todo o prejuízo.
O diretor do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Márcio Buzar, que assumiu o cargo após a exoneração de Henrique Luduvice, disse que o governo tentou contato com os donos de carros. Disse, ainda, que os técnicos estão fazendo o trabalho de demolição durante o fim de semana para causar menos transtornos para a população.
Todo o material do bloco de concreto irá direto para uma máquina de reciclagem da Novacap e vai virar meio-fio, segundo Buzar. Ele disse que se surpreendeu pelo fato de o aço de sustentação do viaduto não estar corroído de forma generalizada.
Por fim, Buzar informou que não sabe se a construção será demolida ou recuperada. “Esta semana receberemos uma nota técnica da Universidade de Brasília e, a partir disso, teremos uma definição”, ressaltou.