Apesar de convocação para Esplanada, bolsonaristas se mantêm no QG
Um homem que se disse militar aposentado chegou a ser expulso pelos bolsonaristas após convocá-los para ato na Esplanada dos Ministérios
atualizado
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Apesar da convocação nacional para mobilização geral nesta quarta-feira (30/11), feriado do Dia do Evangélico, o número de bolsonaristas acampados em frente ao Quartel-General do Exército, no Setor Militar Urbano, não supera o volume de pessoas reunidas nos primeiros dias de atos antidemocráticos. O grupo de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) questiona o resultado das urnas, que deu a vitória ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e pedem intervenção do atual chefe do Executivo Federal.
Em feriado do Dia do Evangélico, bolsonaristas se reúnem na Esplanada
Na manhã desta quarta, um manifestante que se identificou como militar aposentado foi expulso da área do QG após tentar convocar a multidão a deixar o acampamento e se dirigir à Esplanada dos Ministérios, onde ocorre outro ato.
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O temor era de que na Esplanada dos Ministérios teriam “infiltrados”, que “quebrariam tudo” e colocariam a culpa nos bolsonaristas. O homem saiu às pressas sob gritos de: “Fora”. As palavras de ordem reforçam a posição de permanecer em frente aos quartéis, esperando por uma atitude golpista por parte das Forças Armadas, na tentativa de alterar o resultado das Eleições 2022.
Um carro de som comanda a organização geral do espaço e repete palavras de ordem contra o resultado das urnas. Está prevista para as 15h um buzináço, em protesto ao silêncio do governo federal diante dos protestos, que já duram um mês.
Tendas de cozinha e distribuição de alimentos, informações, achados e perdidos, vendas de artigos “patriotas” e até capelas para manifestações religiosas foram levantadas por toda a Praça dos Cristais, um dos cartões postais de Brasília.
Tropa mirim
Na manhã desta quarta, uma “tropa” mirim marchou na frente do QG do Exército.
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Intitulados de Jovens Inteligentes Fazendo a Diferença (Jifad), o grupo de crianças e adolescentes seguiam comandos e tocavam uma bateria marcial. Veja: