Apenas um hospital particular vai atender PMs e familiares no DF
Convênio com Santa Helena terminará em junho e não será renovado. Enquanto não houver novos acordos, policiais contarão apenas com o hospital Maria Auxiliadora, no Gama
atualizado
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Os policiais militares do Distrito Federal atendidos pelo convênio de saúde da corporação só terão uma opção de hospital particular a partir do dia 12/6. Isso porque o hospital Santa Helena, na Asa Norte, decidiu por não renovar o contrato com a corporação. Caberá, agora, aos 15,2 mil PMs na ativa, sem contar os da reserva e dependentes, buscarem atendimento apenas no centro médico Maria Auxiliadora, no Gama, caso precisem.
A Polícia Militar, por meio de sua assessoria, afirmou que o Departamento de Saúde e Assistência ao Pessoal (Dsap) tenta com urgência uma nova parceria para o convênio. O setor já elaborou um edital de credenciamento e trabalha para conseguir verbas junto à Câmara Legislativa, que serão usadas para quitar dívidas anteriores.
A corporação ainda ressaltou que o hospital Maria Auxiliadora atenderá em urgência e emergência e terá as instalações ampliadas.
O atendimento aos PMs enfrenta problemas desde o ano passado. Em outubro, os dois hospitais particulares que atendiam a categoria chegaram a suspender o serviço de urgência e emergência. Segundo as instituições, a corporação atrasou os pagamentos, o que levou à suspensão. A situação foi normalizada em dois dias.
No último dia 26, um PM relatou por meio de mensagens no WhastApp a dificuldade enfrentada para filho pudesse ser examinado. Segundo o servidor, que não quis se identificar, o convênio informou que só era possível fazer uma única consulta por mês.
Terceirização
A Polícia Militar do DF aposta na melhoria do atendimento aos servidores na área de saúde com a terceirização do Centro Clínico Médico da PMDF (CMed). Está em andamento o processo de contratação de uma Organização Social de Saúde (OS). Será a segunda unidade a contar com a gestão de uma entidade sem fins lucrativos no Distrito Federal. Atualmente, o Hospital da Criança é a única unidade da rede pública local a adotar esse modelo.
A organização que assumir o centro médico atenderá policiais militares ativos e inativos, pensionistas e dependentes legais. O recurso para desenvolver as atividades descritas no Projeto Básico está estimado em R$ 216.535.023. O repasse será feito em 36 parcelas.
Emendas parlamentares
A situação dramática dos policiais chegou a ser discutida semana passada na Câmara Legislativa. Um grupo de pelo menos 10 deputados anunciou que irá destinar emendas parlamentares, em um total de R$ 30 milhões, para o pagamento de dívidas com os hospitais que atendem a categoria e seus familiares.
Para o deputado Roosevelt Vilela (PSB), do mesmo partido do governador Rodrigo Rollemberg, é “inadmissível” que os policiais saiam de casa para trabalhar deixando suas famílias sem garantia de atendimento médico. De acordo com ele, esta situação compromete o trabalho da segurança no DF. O deputado considera que o assunto deve ser tratado como prioridade pela corporação e deveria ser prioridade no seu orçamento.