Apaixonado pelo Kiss, dentista fica em pé por 10 horas para pegar palheta
Caio Caesar saiu cedo de casa, na Ceilândia, para ficar na grade, de frente para os músicos do Kiss durante o show de ontem (18)
atualizado
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O cirurgião-dentista Caio Caesar, 31 anos, viveu o “melhor show da vida” na noite da última terça-feira (18/4), quando a icônica banda Kiss tocou para milhares de brasilienses na Arena BRB Mané Garrincha. O homem saiu cedo de casa, em Ceilândia, para ficar pertinho do palco, na grade, de frente para os músicos. Ele não saiu de lá até o fim do espetáculo e foi premiado com a desejada palheta usada pelo grupo de rock.
Caesar conta que foi um dos primeiros a chegar na fila da Arena BRB Mané Garrincha, por volta das 15h, e correu “igual um maluco” quando os portões abriram. “Eu consegui um lugar na grade junto com um amigo meu. Ficamos lá até o final, sem sair para ir no banheiro ou para beber água. Muita dor nas pernas, muita dor na coluna, mas valeu a pena. Foi o melhor show da minha vida”, afirma o dentista.
O evento foi organizado pelo Metrópoles Music. A estrutura montada para a apresentação tinha 75 metros de largura e 23 metros de altura, o que corresponde a um edifício de quase oito andares. “Achei que foi mais organizado que os outros shows, a estrutura era ótima também”, considera Caesar.
A luta pela palheta
Durante o show, os integrantes do Kiss lançam algumas palhetas para o público. Os objetos são desejados pelos fãs e servem como um motivo a mais para ir aos espetáculos.
“É muito difícil pegar, quase impossível. Tanto que eu peguei porque ele jogou e bateu na minha mão. As palhetas são muito pequenas e, de noite, você não consegue enxergar com precisão”, afirma.
Para o ceilandense, carregar o objeto vai ser uma forma de eternizar a noite: “A gente até tenta registrar os momentos do show, por exemplo, quando ele usam o fogo. A gente tenta registrar, mas tem coisas assim que vão bem além, que fica na nossa memória. Quem é fã sabe o que eu estou falando”.
Apaixonados pelo Kiss lotam arena
Os portões do estádio foram abertos às 18h desta terça-feira (18/4), para receber os fãs de rock, ansiosos pelo início dos shows de Deep Purple e Kiss. Sem conter a empolgação, diversos jovens chegaram a acampar na entrada do local, ainda durante a tarde.
Enquanto aguardava na fila, o pequeno Vinícius Maul, 6 anos, era maquiado pela irmã mais velha, Clara. O sonho de ver o Kiss pela primeira vez é antigo.
A mãe do garoto, Fernanda Maul, conta que a família comprou os ingressos para a banda em 2020, mas o show foi cancelado por conta da pandemia de Covid-19. No mesmo ano, o aniversário do menino foi temático do lendário grupo de rock.
“Ele está muito ansioso. Ansiedade é o nome dele hoje, quase não dormiu e falou pra todo mundo na escola que ia ver o Kiss de perto”, diz a mãe.
Segundo a advogada, o espetáculo desta terça-feira (18/4) será um momento inesquecível que vai ficar marcado na história de seus filhos. “O Kiss une a gente. Eu também sou apaixonada e passei isso para a minha família. É uma forma de gerar vínculos”, afirma Fernanda.