Aos 58 anos, Zoológico ganha Centro Multifuncional de Acessibilidade
Espaço tem equipamentos de informática adaptados e informações em braille, entre outras facilidades para pessoas com deficiência
atualizado
Compartilhar notícia
Um espaço totalmente dedicado a pessoas com deficiência foi aberto na manhã deste domingo (6/12), na Fundação Jardim Zoológico de Brasília. O Centro Multifuncional de Acessibilidade tem piso tátil, banheiro adaptado, materiais com informações sobre animais em braille e em português, espécies taxidermizadas (empalhadas), mapa tátil, sala de informática com computadores touchscreen (tela sensível ao toque) e ambientes para oficinas. A inauguração fez parte das comemorações do aniversário de 58 anos do parque.
O diretor-presidente da fundação, José Vieira, contou que já existe um trabalho voltado à acessibilidade. A ideia era ampliá-lo: “Por que não criar um centro de referência com multifuncionalidades para trabalhar com esses grupos?” Desde 2012, o projeto Zoo Especial propõe diferentes experiências para esse público, entre elas, um circuito com o objetivo de proporcionar percepções sensoriais, como no contato com a textura das folhas e com os sons dos pássaros, além do trabalho com animais taxidermizados.
No Zoo Toque, desenvolvido há mais de 10 anos, a proposta para quem tem deficiência visual é, como o próprio nome diz, tocar em alguns bichos para aprender sobre eles.
A construção do centro custou R$ 146 mil, recurso conseguido por meio de edital do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) em convênio com a Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal. A coordenadora, Marcelle de Castro Cavalheiro, adiantou que buscará novas parcerias para garantir a continuidade do projeto e eventualmente ampliar as instalações.
Durante a solenidade, houve apresentação do grupo de dança com cadeiras de rodas do Instituto Avivarte, do Guará. “Ficamos felizes quando vemos um trabalho chamando as pessoas que têm algum tipo de deficiência, porque elas precisam e têm o direito de ir e vir em todos os lugares”, ressaltou a coordenadora, Jane Pires.