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Ao contrário do GDF, UnB recomenda demolição de viaduto do Eixão

Estudo realizado pela comissão formada por professores da Universidade de Brasília apontou deterioração em grau “muito crítico”

atualizado

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Queda do viaduto no eixão sul
1 de 1 Queda do viaduto no eixão sul - Foto: Michael Melo/Metrópoles

A comissão formada por professores da Universidade de Brasília (UnB) responsável pela avaliação do viaduto que desabou no Eixão Sul recomenda a demolição total de 194m do elevado. Parte da estrutura ruiu nas proximidades do Buraco do Tatu no dia 6 de fevereiro, assustando a população.

“Pela nossa avaliação, levando em conta os ensaios e a simulação numérica, a gente acha que é melhor fazer uma demolição. A nova solução tem de ser e parecer segura para a população”, afirmou o professor José Humberto Matias de Paula, durante coletiva na tarde desta quarta-feira (7/3).

Com base nas análises realizadas com amostras do concreto do elevado, os profissionais apontam que o grau de deterioração da construção recebeu pontuação de 240. Membro do grupo responsável pelas análises, Marcos Honorato de Oliveira destaca ser um índice altíssimo. “Até 100, é crítico. A aplicação da metodologia apresentou uma pontuação de 240. O grau de deterioração da estrutura, portanto, é muito crítico”, diz o integrante da comissão.

De acordo com o professor Marcos Honorato, a orientação enviada nesta quarta-feira (7) ao Executivo local é para derrubar todos os oito tabuleiros de lajes — o que desabou foi parte da sétima laje, segundo o docente — , sete pilares de concreto e dois encontros. O estudo será agora remetido à reitora, Márcia Abrahão, para ela decidir o que fazer.

Marcos Honorato avalia não haver risco de novos desabamentos por conta das medidas emergenciais tomadas logo após parte da estrutura ir ao chão. “Se o viaduto não estivesse completamente escorado, haveria risco eminente de desabamento”, frisa. 

A perícia técnica aponta que infiltração causou desgaste do aço, responsável por causar a queda. O concreto, por outro lado, “encontra-se intacto”, segundo Cláudio Pereira, diretor do
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da UnB. 

A UnB produziu uma animação para expor o passo a passo da ruína do viaduto da Galeria dos Estados. Confira:

 

Divergência
A avaliação da UnB, portanto, é contrária à divulgada pelo GDF. Na última sexta-feira, o Executivo informou que a estrutura não está totalmente comprometida e, portanto, será recuperada. Na ocasião, o diretor do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Márcio Buzar, disse que os pilares serão reaproveitados na reconstrução do elevado.

Nos próximos dias, será elaborado um projeto. A ideia é definir o valor da obra e lançar licitação para o serviço. “Será uma licitação rápida. Pretendemos começar as obras em dois meses”, afirmou Buzar, na sexta. O Metrópoles ainda não conseguiu contatar o diretor do DER nesta quarta (7).

Presidente da Comissão de Fiscalização, Governança, Transparência e Controle (CFGTC) da Câmara Legislativa (CLDF), o deputado distrital Rodrigo Delmasso (Podemos) informou que irá cobrar explicações do DER sobre a divergência entre as conclusões da UnB e do comitê formado por órgãos do Distrito Federal para decidir o que fazer com o viaduto.

A Casa Civil disse que não irá se pronunciar ainda pois não teve acesso ao relatório da UnB.

15 imagens
Não houve vítimas, apenas danos materiais
Carros foram esmagados pela gigantesca estrutura
Donos dos veículos ficaram no prejuízo
A área foi imediatamente isolada, devido ao risco de novo desabamento
Ligação é uma das mais importantes da cidade
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Viaduto desabou no dia 6 de fevereiro de 2018

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Não houve vítimas, apenas danos materiais

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Carros foram esmagados pela gigantesca estrutura

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Donos dos veículos ficaram no prejuízo

JP Rodrigues/Especial para o Metrópoles
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A área foi imediatamente isolada, devido ao risco de novo desabamento

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Ligação é uma das mais importantes da cidade

Arquivo cedido ao Metrópoles
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Curiosos observam o cenário do desabamento

Arquivo cedido ao Metrópoles
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Queda deixou cratera na pista

Divulgação/PMDF
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Em visita ao local do desabamento, o então governador, Rodrigo Rollemberg (PSB), recebeu vaias

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Do alto, a dimensão do incidente

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Trânsito foi desviado na região

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CBMDF e Defesa Civil avaliaram bases de sustentação

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Cães farejadores auxiliaram na busca de possíveis vítimas, mas ninguém foi atingido

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Não houve feridos no desabamento

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Parte do viaduto danificado

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