Anvisa detalha à União Química o que precisa constar nos estudos da Sputnik V no Brasil
A vacina Russa ainda não tem aprovação para ser aplicada no país, mas já está em fase de produção em Brasília, pela farmacêutica
atualizado
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) detalhou, nesta segunda-feira (25/1), quais informações devem ser apresentadas pela União Química para dar seguimento ao pedido de estudo clínico da vacina russa contra Covid-19, Sputnik V. O principal ponto da reunião foram os dados que precisam constar no Dossiê de Desenvolvimento Clínico de Medicamentos (DDCM).
Em busca da aprovação
O encontro com a farmacêutica União Química havia sido marcado na última sexta-feira (22/1) para que fossem trocadas informações sobre a vacina e a fim de alinhar pontos que precisavam ser apresentados pela União Química, para que seja dado seguimento ao pedido de estudos clínicos da Sputnik V no Brasil.
Esse tipo de encontro faz parte da estratégia que a agência reguladora tem adotado com todas as empresas que pretendem ter vacinas autorizadas no país.
A empresa tem acordo de exclusividade com o Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF) para a produção e distribuição da vacina contra Covid-19 desenvolvida pelo Instituto Gamaleya para o Brasil e países da América Latina.
Além da Rússia, Argélia, Argentina, Bolívia, Sérvia, Bielorrússia, Palestina e Venezuela já aprovaram o uso do imunizante em seus territórios. Estima-se que mais de 1,5 milhão de pessoas receberam doses da Sputnik V.
A previsão da farmacêutica é de que as primeiras 10 milhões de doses da Sputnik V estarão disponíveis para uso imediato no Brasil no primeiro trimestre deste ano, mas só poderão ser incorporadas ao Programa Nacional de Vacinação (PNI) quando receberem o aval da Anvisa.
Ibaneis Rocha
Nesta segunda-feira (25/1), o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), visitou a fábrica do Grupo União Química onde está ocorrendo a produção da Sputnik V, vacina russa contra a Covid-19. A farmacêutica está instalada em Santa Maria.
Na ocasião, o chefe do Executivo local afirmou que o governo do DF não pretende comprar a vacina russa após eventual autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“Aqui no DF eu sigo o Plano Nacional de Imunização, e tem dado certo. As vacinas que têm chegado têm sido distribuídas de forma racional pelo Ministério da Saúde, o ministro Pazuello tem feito essa distribuição de forma proporcional. Então, eu acredito que não deva se instalar uma corrida entre os estados para a compra da vacina. Nós temos de ter a vacina em quantidade para toda a população brasileira, porque, senão, nós não vamos conseguir atingir o que nós todos pretendemos, que é a imunização da população como um todo, diminuindo essa doença em todo o país”, declarou o governador.
Questionado se o GDF dependerá do governo federal, mesmo com os problemas ocorridos em relação à aquisição dos imunizantes e à demora no início do processo de vacinação, Ibaneis disse que “eu não tenho visto essa demora (do governo federal)”. “Eu não consigo ainda elevar isso a um nível de crítica no que diz respeito ao trabalho do Ministério da Saúde”, ressaltou.