Anjos Corredores: projeto ajuda atletas pobres do DF em torneios
Projeto tem por objetivo ajudar atletas da cidade a realizarem o sonho de disputar torneios em outras localidades
atualizado
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Solidariedade e empatia. Esse é o lema do projeto Anjos Corredores, criado pelo servidor público Epitácio Britto, de 50 anos. A iniciativa do brasiliense busca oferecer suporte para atletas que estão em vulnerabilidade social.
Epitácio Britto afirmou diz acreditar que o esporte tem o poder de mudar a vida das pessoas, e essa foi uma das razões que motivou a idealização do projeto.
“Eu vejo o esporte como um extraordinário instrumento de criação de oportunidades. Existem muitos atletas que se encontram em vulnerabilidade social ou em momentos difíceis. E, vendo isso, tive a ideia de criar um movimento que desse suporte para essas pessoas”, conta o servidor.
Ações
O projeto saiu do papel em março de 2023. Tudo começou quando Epitácio ficou sabendo que um grupo de jovens estava precisando de ajuda.
“Um time de handebol da Ceilândia estava precisando pagar a inscrição de um torneio chamado Copa Anápolis, e eu resolvi ajudar. Eu pratico corrida há mais de 15 anos e chamei alguns amigos para fazer uma vaquinha”, explicou.
O servidor conta que não esperava que a campanha iria fazer tanto sucesso. “Nós conseguimos arrecadar R$ 780 em apenas uma semana. Achei que ia demorar mais ou menos um mês, mas conseguimos essa vitória apenas sete dias”, conta.
Após quatro meses, o objetivo da nova campanha era ajudar um atleta-mirim. Epitácio Britto esbarrou com a história do campeão brasileiro da categoria infantil, Emanuel Carvalho, de 11 anos, por acaso. “Eu encontrei ele na frente de um shopping vendendo rifa para pagar os custos do campeonato Sulamericano de Jiu Jitsu, que o Emanuel vai participar”, relatou.
E não precisou muito para Epitácio se comover com a história. “Eu conversei com a mãe dele para ver do que eles estavam precisando e como poderíamos ajudar. Por fim, nós nos comprometemos com os custos da hospedagem”, explica o servidor.
O segundo desafio foi maior que o primeiro, mas o resultado foi surpreendente. “Dessa vez, nós tínhamos que arrecadar R$ 1.050. Inicialmente, nos propomos a fazer 21 dias de campanha, mas atingimos a meta em sete dias”, conta.
A mãe de Emanuel, Poliana Carvalho, contou que a felicidade que a família sentiu quando viu que a campanha deu certo foi indescritível. “Como eu não tenho condições de arcar com tudo, nós sempre estamos fazendo rifas para tentar arrecadar o valor que precisamos”, contou.
“Nós ficamos muito felizes quando recebemos a notícia, porque é muito difícil ser atleta. O meu filho é muito talentoso, tem o sonho de ser atleta profissional, mas como não temos nenhum suporte, tudo fica mais complicado, porque geralmente os campeonatos sempre são fora de Brasília”, explicou.
“Existem muitos atletas que estão à margem dos patrocínios e dos projetos sociais, e nós estamos aí para ajudá-los. Tudo que eles precisam é de uma oportunidade”.
Dinâmica
Inicialmente, o Anjos Corredores começou apenas com a colaboração de atletas e amigos do idealizador. Hoje, mais de 100 pessoas fazem parte do grupo do projeto e colaboram como podem com as causas.
“Nós não esperamos que façam uma doação muito alta. Nosso objetivo é fazer a construção de um movimento de empatia e solidariedade ligado ao esporte. Cada um pode doar o valor que puder sem que prejudique o próprio orçamento”, afirma.
Como ajudar
Pessoas e empresas com interesse em entrar no grupo para participar da iniciativa podem entrar fazer contato por meio do número: (61) 9 8153-8808.