Anderson Torres segue medicado e em tratamento psicológico, diz advogado
Advogado de Torres, Eumar Novacki concedeu entrevista na manhã desta sexta e ressaltou que o ex-ministro segue o tratamento contra depressão
atualizado
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O advogado de Anderson Torres, Eumar Novacki, reiterou que o ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) continua em tratamento psicológico e psiquiátrico e está sob efeito de remédios. A defesa de Torres alega que o ex-secretário de Segurança Pública do DF entrou em depressão profunda durante os quatro meses em que esteve preso por suspeita de omissão e conivência nos atos golpistas de 8 de janeiro.
Nessa quinta-feira (11/5), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu liberdade provisória a Torres, que foi liberado para casa mediante uso de tornozeleira eletrônica.
Novacki concedeu coletiva à imprensa nesta sexta-feira (12/5) para tratar da soltura de Torres.
“O ex-ministro Anderson Torres está medicado, passa por acompanhamento psicológico e psiquiátrico. Está tomando remédios e deve manter por um tempo. É óbvio que a chegada em casa, ontem, foi emocionante. Ele viu as filhas pequenas. Isso fará muito bem para a recuperação dele. Contamos com isso para que ele tenha recuperação e condições para auxiliar a defesa no esclarecimento de todos os fatos que estão sendo cobrados”, afirmou o advogado.
Em 23 de abril, um laudo médico sobre o estado de saúde mental de Anderson Torres apontou “piora significativa” de seu quadro psiquiátrico. O documento descreve, ainda, que o ex-ministro de Jair Bolsonaro sofria de crises de ansiedade seguidas de crises de choro.
O profissional da saúde que atendeu Torres afirmou que foram feitas “várias intervenções e ajustes de medicamentos com o intuito de reduzir consequências deletérias das crises”, mas que não houve resposta satisfatória.
Solto, mas sem redes sociais
Mesmo com a liberdade provisória, o ex-secretário segue proibido de deixar o Distrito Federal; de manter contato com os demais investigados; de usar redes sociais; e ficou determinado o afastamento do cargo que ocupa da Polícia Federal. O descumprimento de qualquer uma das medidas alternativas implicará na revogação e decretação de nova prisão.
“As razões para a manutenção da medida cautelar extrema em relação a Anderson Gustavo Torres cessaram, pois a necessária compatibilização entre a Justiça Penal e o direito de liberdade demonstra que a eficácia da prisão preventiva já alcançou sua finalidade, com a efetiva realização de novas diligências policiais, que se encontravam pendentes em 20/4/2023”, alegou Moraes na decisão.