Anderson Torres quer depor em CPI, mas avalia protocolos da PF. Entenda
Ex-secretário de Segurança Pública do DF foi convocado para ser ouvido em CPI dia 23, mas estuda condições impostas
atualizado
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Convocado para prestar depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa dia 23, Anderson Torres manifestou interesse em ser ouvido, mas ainda avalia os protocolos de segurança da Polícia Federal em caso de comparecimento à Casa.
O ministro Alexandre de Moraes determinou que o ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal pode escolher não participar da CPI, pois não há previsão legal para uma condução coercitiva. Após a negativa de Torres, os distritais fizeram um novo pedido para ouvir o depoente e Moraes deu 48 horas para a defesa se manifestar sobre o caso.
Segundo o advogado de Anderson, Rodrigo Roca, o principal impeditivo para o depoimento seria o protocolo envolvido na ida até a Câmara Legislativa. “A questão não é o direito ao silêncio, ele quer falar, vai falar sempre, mas se ele fosse depor na CPI seria transportado com algema, na caçamba da viatura, em uma situação constrangedora. E sem necessidade, porque ele prestou depoimento por 10 horas à PF”, argumentou.
Situação desfavorável
Roca avalia que a situação criaria uma situação desfavorável à Torres para obter uma “finalidade que já foi alcançada” com a prestação de esclarecimentos à Polícia Federal. Segundo ele, ainda não houve uma conversa entre ambos para decidir pela ida ou não à CPI.
No pedido para comparecimento à Comissão, os deputados distritais solicitaram ao Supremo Tribunal Federal (STF) condições mais favoráveis para a oitiva, como o depoimento não ser transmitido, o ex-secretário não usar algemas e ser escoltado até a Câmara Legislativa com uma escolta policial descaracterizada.