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Anaconda: esquema “se compara ao tráfico de armas e drogas”, diz delegado

Polícia Civil investiga vigilante que criava Píton de 80 kg e mais quatro cobras em propriedade de Águas Lindas (GO), no Entorno do DF

atualizado

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Após Caso Naja, Polícia Civil apreende cobra “anaconda” no Entorno do DF
1 de 1 Após Caso Naja, Polícia Civil apreende cobra “anaconda” no Entorno do DF - Foto: PCDF

Após mais de duas horas de tentativas, a cobra Píton, ou anaconda, apreendida pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) em Águas Lindas (GO), no Entorno do Distrito Federal, foi finalmente colocada dentro da viatura. Com a ajuda do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO), o animal, que pesa entre 80 kg e 90 kg, acabou imobilizado e posto em segurança para a viagem.

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) abriu inquérito para investigar o caso, revelado pelo Metrópoles na manhã desta quinta-feira (13/8). “É um esquema grande, comparado com o tráfico internacional de armas e drogas”, assinalou o delegado adjunto da 14ª Delegacia de Polícia (Gama), Ricardo Bispo.

Conforme explicou o cabo Batista Filho, que atuou no resgate da serpente, foi necessária uma técnica especial para a captura do animal, que era criado como se fosse uma sucuri pelo dono, livre no chão. “Utilizamos um pegador especial para cobras e lagartos e imobilizamos a cabeça dela”, disse.

Outra necessidade era a de tampar a visão da cobra, para que ela não ficasse estressada. “Colocamos um pano, que deixou a serpente mais tranquila. A própria dona da casa afirmou que se fôssemos pegar o animal, deveria ser de uma vez”, destacou o bombeiro. O dono foi até a delegacia do Gama nesta tarde, onde deve prestar esclarecimentos.

Veja imagens da operação: 

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Os salários para os cargos variam de R$ 9.394,68 a R$ 14.851,63
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Os salários para os cargos variam de R$ 9.394,68 a R$ 14.851,63

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Capaz de engolir uma pessoa

A Píton foi colocada direto na parte traseira da viatura com a ajuda dos agentes da 14ª DP e da equipe do Grupamento de Policiamento Tático (GPT) da Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO). “Foram todos pegando no corpo dela e a acomodamos no carro. Agora ela será transportada e a recomendação é abrir somente com apoio de equipe especializada”, disse Batista Filho.

O animal não é venenoso, mas é capaz de engolir uma pessoa de até 60 kg. Ao todo, foram apreendidas quatro cobras em propriedade de Águas Lindas. Elas ficavam nos fundos da casa, em um quarto. Segundo os militares, as cobras eram armazenadas em uma espécie de estante de vidro, onde cada uma delas tinha uma gaveta própria.

“Essa cobra mesmo mal cabia no local onde estava. No momento em que entramos, ela já estava um pouco para fora. Foi aí que nos ajudou”, pontuou cabo Batista.

A Píton seguiu para o DF, onde passará pela 14ª DP e depois será entregue ao Jardim Zoológico.

O animal estava na casa do vigilante Clemente Luz. O homem é suspeito de criar e vender animais exóticos no DF e em Goiás. O Metrópoles apurou que, há 11 anos, ele cuida da Píton, que tem mais de 8 metros. O animal era alimentado com coelhos.

Além da espécie, que é proibida, ele também cuida de animais peçonhentos. Alguns deles teriam sido adquiridos pelo estudante Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkuhl, 22 anos, picado por uma cobra Naja kaouthia criada clandestinamente em sua casa, no Guará. O rapaz foi indiciado nesta quinta-feira (13/8) pela Polícia Civil do DF, com outras 10 pessoas.

Outras serpentes vendidas pelo vigilante também foram apreendidas pela Polícia Civil com um morador de Vicente Pires. O homem foi flagrado pela Polícia Civil do DF (PCDF) com animais exóticos, entre eles, três tubarões. Ex-militar do Exército, Clemente Luz é aficionado por animais exóticos e atua no ramo há mais de 20 anos.

O vigilante não estava em casa no momento da apreensão. Quem atendeu os agentes da PCDF foi a esposa de Clemente. Quatro cobras de pequeno porte foram colocadas em caixas e guardadas na viatura.

Inquérito concluído

A PCDF concluiu as investigações que apuram o suposto tráfico de animais exóticos no Distrito Federal. O inquérito conduzido pela 14ª DP tem como principal alvo o estudante de veterinária Pedro Krambeck.

Ele é suspeito de liderar organização criminosa que trazia animais exóticos ilegalmente de diversos estados, e até de outros países, para o DF. O jovem chegou a ser preso, mas acabou solto após seus advogados conseguirem um habeas corpus.

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Na ocasião, ele estava no apartamento onde mora com a mãe e o padrasto, no Guará
O estudante de veterinária foi picado pela Naja que criava ilegamente
O rapaz chegou a ficar em coma após a picada da serpente
Nas redes sociais, ele ostentava fotos com diversos tipos de animais silvestres
A polícia investiga a suspeita de que o rapaz tenha envolvimento com o tráfico de animais no DF
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Pedro Krambeck chegou a ser preso pela Polícia Civil do DF

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Na ocasião, ele estava no apartamento onde mora com a mãe e o padrasto, no Guará

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O estudante de veterinária foi picado pela Naja que criava ilegamente

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O rapaz chegou a ficar em coma após a picada da serpente

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Nas redes sociais, ele ostentava fotos com diversos tipos de animais silvestres

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A polícia investiga a suspeita de que o rapaz tenha envolvimento com o tráfico de animais no DF

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Pedro foi detido no apartamento onde mora no Guará

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Policiais na casa de Pedro na manhã do dia 29 de julho

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No Brasil, não há Najas, logo, o soro que combate o veneno desse tipo de serpente é raro

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Ela costuma viver em regiões da África e da Ásia

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A Naja não é uma cobra típica do Brasil

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Zoológico de Brasília fez ensaio fotográfico com cobra que picou estudante

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Brasil não tem soro para o animal

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A serpente não é natural de nenhum habitat brasileiro

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A Naja foi transferida para o Butantan, em SP

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No Zoo de Brasília, serpente ganhou espaço próprio para sua espécie

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A suspeita é que Pedro tenha conseguido trazer a Naja kaouthia que criava como animal de estimação para o Distrito Federal com uma licença irregular emitida por uma servidora do próprio Ibama, que foi afastada do cargo.

Nessa quarta-feira (12/8), a Naja e uma Víbora-verde que foram apreendidas no DF e estavam no Zoológico de Brasília chegaram ao Instituto Butantan, em São Paulo.

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