Amor pela costura: idosa de 92 anos faz artesanato há oito décadas
Dona Umbelina se orgulha de ter ajudado muitas pessoas na recuperação da depressão por meio do artesanato, da costura e do crochê
atualizado
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Com dedicação e habilidade surpreendentes, Umbelina Alves Pereira, 92 anos, esbanja longevidade e é um exemplo inspirador a ser seguido pelas futuras gerações da família dela. A vida da idosa, que costura e produz artesanatos há oito décadas, foi dedicada pelo amor aos ensinamentos da costura e a criação de peças únicas que demonstram o talento dela com as próprias mãos.
O interesse pela costura surgiu quando a artesã ainda era criança, aos 8 anos de idade. Dona Umbelina, como gosta de ser chamada, conta que a primeira peça que confeccionou foi uma roupinha para um bebê da família, que estava prestes a nascer.
“A minha irmã era costureira e foi levar roupas de recém-nascido para uma prima nossa, quando ainda morávamos no interior de Luís Correia, município do Piauí (PI). Pedi para fazer uma das roupinhas e me deixaram costurar. Todos ficaram admirados quando ficou pronta. Estava perfeita. Com apenas 8 anos, na infância, fiz a minha primeira peça e lembro como se fosse hoje”, detalha dona Umbelina.
Aos 16, ela deixou o interior e foi para a cidade, trabalhar como costureira. Na década de 1960, mudou-se para a capital do país.
Dona Umbelina, costureira aos 92 anos. Brasília (DF), 24/05/2024. FOTO: BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
Dona Umbelina tem 92 anos BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
Dona Umbelina, costureira aos 92 anos. Brasília (DF), 24/05/2024. FOTO: BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
Ela ajudou muitas pessoas a vencer a depressão BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
Dona Umbelina, costureira aos 92 anos. Brasília (DF), 24/05/2024. FOTO: BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
Dona Umbelina é costureira, artesã e participa ativamente de cursos e grupos de costura e artesanato do Centro Comunitário de Santa Maria BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
Dona Umbelina, costureira aos 92 anos. Brasília (DF), 24/05/2024. FOTO: BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
A idosa costura desde os 8 anos de idade BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
Dona Umbelina, costureira aos 92 anos. Brasília (DF), 24/05/2024. FOTO: BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
Dona Umbelina é natural do Piauí BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
Dona Umbelina, costureira aos 92 anos. Brasília (DF), 24/05/2024. FOTO: BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
Ela faz peças de crochê BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
Dona Umbelina, costureira aos 92 anos. Brasília (DF), 24/05/2024. FOTO: BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
Peça confeccionada pela idosa BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
Dona Umbelina, costureira aos 92 anos. Brasília (DF), 24/05/2024. FOTO: BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
Dona Umbelina segura flor em crochê feita por ela BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
Dona Umbelina, costureira aos 92 anos. Brasília (DF), 24/05/2024. FOTO: BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
Idosa diz que não tem problemas de saúde e não fica parada: "gosto de trabalhar" BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
Dona Umbelina, costureira aos 92 anos. Brasília (DF), 24/05/2024. FOTO: BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
Dona Umbelina em sua máquina de costura BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
Dona Umbelina, costureira aos 92 anos. Brasília (DF), 24/05/2024. FOTO: BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
Idosa mora em Santa Maria, no Distrito Federal BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
Dona Umbelina, costureira aos 92 anos. Brasília (DF), 24/05/2024. FOTO: BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
"Eu me sinto muito útil em poder ajudar", comenta dona Umbelina BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
Dona Umbelina, costureira aos 92 anos. Brasília (DF), 24/05/2024. FOTO: BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
"Fico grata por cada ensinamento que presto ao próximo", diz a idosa BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
Dona Umbelina, costureira aos 92 anos. Brasília (DF), 24/05/2024. FOTO: BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
Habilidade e talento com as mãos BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
Hoje, aos 92 anos, segue praticando os ensinamentos de uma vida inteira, participa ativamente de cursos, oficinas e grupos de costura no Centro de Convivência de Santa Maria, no Distrito Federal, e se orgulha em ter ajudado muitas pessoas a vencer a depressão por meio do artesanato, da costura e do crochê.
“É tão bom a gente ver que a pessoa que estava doente, ficou boa e feliz. Eu me sinto muito útil em poder ajudar. Fico grata por cada ensinamento que presto ao próximo.”
Assista o relato de dona Umbelina:
Exemplo de vitalidade, dona Umbelina tem dois filhos, nove netos e 13 bisnetos. A costureira relata que não tem problemas de saúde e não gosta de ficar parada. “Gosto mesmo é de trabalhar e de ensinar. É a profissão que Deus me deu, tenho amor pela costura e pelo artesanato. Farei até o fim da vida”, diz.
Atualmente, dona Umbelina produz artesanatos como o macramê, crochê, vagonite, além de peças artesanais.
“Eu faço para ensinar, vender e para a minha família, netas e sobrinhas. É a minha paixão. Também adoro participar das oficinas e cursos no Centro de Convivência de Santa Maria. Faço o bem e me fazem bem também. É bom para a alma conviver com outras pessoas”, define.
Assistência Social
O Centro de Convivência é uma unidade pública de assistência social que se destina ao atendimento de famílias e indivíduos em situação de vulnerabilidade e risco social, por meio do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), serviço da política de assistência social do Sistema Único de Assistência Social (SUAS).
Dona Umbelina participa de oficinas no Centro de Convivência de Santa Maria já há alguns anos. As atividades para pessoas acima de 60 anos contribuem no processo de envelhecimento saudável, no desenvolvimento da autonomia e de sociabilidades, no fortalecimento dos vínculos familiares e do convívio comunitário e na prevenção de situações de risco social.
A intervenção social é pautada nas características, interesses e demandas da faixa etária e considera que a vivência em grupo, as experimentações artísticas, culturais, esportivas e de lazer e a valorização das experiências vividas constituem formas privilegiadas de expressão, interação e proteção social.
