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Amigos, familiares e políticos se despedem de Valéria de Velasco

Sob forte comoção, a Jornalista de 73 anos foi enterrada na tarde desta terça (17/4), no Cemitério Campo da Esperança

atualizado

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Valéria de Velasco
1 de 1 Valéria de Velasco - Foto: Reprodução do Facebook

A morte de Valéria de Velasco , na manhã desta terça-feira (17/4), repercutiu entre amigos, familiares e personalidades políticas do Distrito Federal. A jornalista de 73 anos morreu vítima de um aneurisma na aorta abdominal. Ela estava tentando se recuperar da doença há 12 dias, mas não resistiu. Voz ativa na luta em defesa de familiares vítimas de violência, ela deixa três filhas, cinco netos e um bisneto. O sepultamento ocorreu nesta tarde, no cemitério Campo da Esperança, sob forte comoção.

“Tinha um coração absurdamente grandioso. Perdeu um filho de uma maneira brutal e, mesmo diante de toda dor, viveu incansavelmente ajudando outras mães na mesma situação”, ressaltou Fernanda Xavier, 41, amiga da família.

Maria Helena de Carvalho, colega de longa data da jornalista, lembrou do amor dela à profissão. “Sempre muito amiga e cuidadosa, era uma referência na redação para várias gerações. Encarava a profissão com muita seriedade e, para ela, o jornalismo sempre foi capaz de salvar vidas e mudar o mundo”, contou.

Em seu Twitter, a deputada federal Erika Kokay (PT-DF) escreveu:A passagem de Valéria de Velasco torna Brasília menor e mais triste. Nós perdemos uma voz em defesa da cultura de paz e das vítimas de violência, imprescindível para nossa construção cidadã. Valéria está entre aquelas pessoas que Guimarães Rosa diz que não vão embora, ficam encantadas, postou.

Veja a publicação:

Colega de trabalho de Valéria durante seis anos na Secretaria de Justiça, o ex-comandante da pasta Alírio Neto (PTB) lamentou a perda não apenas da profissional, mas especialmente da defensora dos direitos humanos. “Conheci a Valéria durante meu mestrado em vitimologia e acompanhei de perto o trabalho dela no Comitê Nacional de Vítimas de Violência (Convive) para a minha monografia. Foi quando entendi a importância da causa e quando decidimos criar o Pró-vítima, o primeiro programa de atendimento à vítima da América Latina”, relatou.

Para o ex-distrital, a personalidade de Valéria era marcada pela suavidade, mas ao mesmo tempo pela força. “Ela foi uma grande mulher, que transformou a dor própria em luta em defesa dos outros”.

Por meio de nota, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do DF também se manifestou (veja na íntegra):

“Valéria de Velasco, presente! Hoje e sempre!

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF) lamenta, profundamente, a morte da jornalista Valéria de Velasco, ocorrida na madrugada desta terça-feira (17). Profissional de grande reconhecimento na capital federal, que cativou o carinho, a amizade e a admiração de todos os colegas que tiveram a oportunidade de conhecê-la, Valéria teve uma trajetória marcada pela luta contra a violência. Dona de um texto sincero, ajudou a construir a história do jornalismo brasiliense.

Valéria trabalhou no Correio Braziliense na década de 1980 e depois, por mais de uma década, nos anos 2000. Nos últimos meses, estava como colaboradora da Revista do Correio. Humana, humilde e, ao mesmo tempo, poderosa, sempre foi respeitada no jornalismo pela qualidade dos textos.

Na década dos anos 90, após perder o filho Marco Antônio Velasco, espancado até a morte por uma gangue de jovens de classe média do Plano Piloto, criou o Convive (Comitê Nacional de Vítimas de Violência). Assumiu essa pauta para a sua vida, mas sem pregar o preconceito, o ódio de classe ou o justiçamento.

Neste momento de dor e perda, o Sindicato dos Jornalistas Profissional do Distrito Federal lamenta o falecimento de Valeria e presta solidariedade aos familiares e amigos da jornalista. Sem dúvida, o jornalismo de Brasília perdeu, não somente uma grande profissional, que inspirou seguidas gerações, mas uma lutadora por melhores condições de vida no Distrito Federal. A diretoria do SJPDF sente a partida dessa colega querida, que sempre reconheceu e valorizou a atuação da entidade na defesa dos direitos da categoria. Valéria era parte de uma geração de profissionais que ainda vê o jornalismo como instrumento de transformação social e de divulgação de valores como solidariedade, justiça e igualdade.

Nascida em 11 de setembro de 1944, Valéria deixa três filhas, cinco netos e um bisneto. O velório da jornalista será das 14h30 às 17h30, na Capela 6 do cemitério Campo da Esperança, e sepultamento será às 17h30h.

Valéria, presente!”

Mais cedo, o governador do DF, Rodrigo Rollemberg, divulgou uma nota:

“Brasília perdeu na madrugada de hoje uma de suas mais notáveis e fortes figuras da cidade. A jornalista Valéria de Velasco nos deixa a imagem de uma profissional competente, séria, mas principalmente a de uma mulher forte que enfrentou as agruras da vida com coragem e determinação. Se tornou, na adversidade de uma perda trágica de um filho, militante ativa contra a violência em Brasília. Meus pêsames à família e aos amigos, com minhas orações a todos.”

 

 

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