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Amigos de jovem picado por Naja são ouvidos pela Polícia Civil do DF

Ao Metrópoles, na saída da 14ª Delegacia de Polícia, o rapaz suspeito de ter escondido a cobra disse que prefere não falar sobre o assunto

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Amigo de jovem picado por Naja no DF
1 de 1 Amigo de jovem picado por Naja no DF - Foto: Nathália Cardim/ Metrópoles

Quatro estudantes de medicina veterinária, amigos de Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkul, acusado de esconder a cobra Naja kaouthia após ser picado pela serpente asiática, foram ouvidos na manhã desta sexta-feira pela Polícia Civil do Distrito Federal.

Gabriel, o rapaz suspeito de ter escondido o animal enquanto Pedro era atendido no Hospital Maria Auxiliadora, no Gama, é um deles. O jovem já foi autuado em R$ 2 mil pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Ao Metrópoles, na saída da 14ª Delegacia de Polícia (Gama), Gabriel disse que prefere não se manifestar sobre o assunto. Tanto ele quanto Pedro já receberam a multa aplicada pelo Ibama, por não haver permissão para manter o animal em ambiente doméstico – a legislação permite apenas espécies não venenosas para esse fim.

O estudante de medicina veterinária acordou do coma induzido após os médicos terem retirado o suporte ventilatório, nessa quinta-feira (9/7).  Ele apresentou melhora significativa e deve receber alta da unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Maria Auxiliadora, no Gama, neste sábado (11/7). A previsão é de que ele siga em observação em um dos apartamentos da unidade hospitalar.

A reportagem apurou que o universitário está bem, conversou e agradeceu a equipe médica pelo socorro imediato. Embora o quadro clínico tenha evoluído, os especialistas que cuidam do caso avaliam que o estado geral de saúde do rapaz só será conhecido 48 horas após ele ter acordado.

Para a equipe médica, o jovem tem respondido ao tratamento melhor do que o esperado e, muito provavelmente, Pedro Lehmkul não precisará recorrer ao soro antiofídico específico.

Oficialmente, o Hospital Maria Auxiliadora não divulga boletim médico do rapaz, a pedido da família. Entretanto, informa que ele “está reagindo aos tratamentos”. A unidade ressalta que nenhum médico está autorizado a repassar informações.

Pedro mora na QE 40 do Guará 2 e criava a Naja como animal de estimação, apesar de a serpente não ser natural de nenhum habitat brasileiro. O jovem, que é estudante de medicina veterinária, foi picado na última terça-feira (7/7). As circunstâncias do acidente com a cobra ainda são desconhecidas.

A família de Pedro importou dos Estados Unidos doses de soro antiofídico. A busca pelo soro — tão raro no Brasil quanto a presença desse tipo de serpente — mobilizou especialistas. As únicas doses disponíveis no país estavam no Instituto Butantan, em São Paulo. Os médicos enviaram ao Distrito Federal todo o estoque disponível.

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Em 2020, o estudante de veterinária Pedro Henrique Lehmkul foi picado por uma naja criada por ele no DF
Ela costuma viver em regiões da África e da Ásia
No Brasil, não há Najas, logo, o soro que combate o veneno desse tipo de serpente é raro
Após as primeiras buscas, a Naja não foi encontrada
A Naja é uma das cobras mais venenosas do mundo
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Pedro é estudante de medicina veterinária

Arquivo Pessoal
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Em 2020, o estudante de veterinária Pedro Henrique Lehmkul foi picado por uma naja criada por ele no DF

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Ela costuma viver em regiões da África e da Ásia

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No Brasil, não há Najas, logo, o soro que combate o veneno desse tipo de serpente é raro

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Após as primeiras buscas, a Naja não foi encontrada

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A Naja é uma das cobras mais venenosas do mundo

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Carro do Ibama em frente ao edifício: padrasto do estudante picado não teria colaborado com autoridades

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Movimentação em prédio no Guará: vizinhos temiam que a cobra invadisse outros apartamentos pela tubulação

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Policiais da 14ª DP e agentes do Ibama foram ao endereço ligado ao estudante picado por Naja para tentar capturar a serpente

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Entenda o caso

Tão logo foi atacado pela Naja, Pedro foi levado ao hospital pelos pais. Ele apresentava palidez, tontura e dormência nos membros inferiores, sintoma que evoluiu e atingiu os membros superiores.

Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), não existe registro, nos últimos anos, de entrada legal de uma cobra dessa espécie no Distrito Federal.

O animal exótico foi encontrado no fim da tarde dessa quarta-feira (8/7), dentro de uma caixa de plástico, próximo a um barranco, nas redondezas do shopping Pier 21, no Setor de Clubes Sul. Como Pedro não tem autorização para criar o animal, ele pode ser multado em até R$ 5 mil.

A suspeita de investigadores da Delegacia de Combate à Ocupação Irregular do Solo e aos Crimes contra a Ordem Urbanística e o Meio Ambiente (Dema) é de que a serpente tenha sido alvo de tráfico internacional de animais exóticos. Ela agora está sob os cuidados do Zoológico de Brasília.

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