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Amigos de escola homenageiam jovem assassinado no Sol Nascente

Sharley Ângelo tinha apenas 14 anos. Colegas escreveram cartas que entregarão aos pais do garoto e fizeram uma oração

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Sharley-2
1 de 1 Sharley-2 - Foto: Vinícius Santa Rosa/Metrópoles

Alunos e professores do Centro de Ensino Fundamental 19 (CEF 19), onde estudava o menino de 14 anos assassinado no Sol Nascente, em Ceilândia, se mobilizaram, nesta segunda-feira (02/12/2019), para fazer uma homenagem ao adolescente.

Em cartas que serão entregues à família de Sharley Ângelo Andrade Sirqueiraz, amigos descreveram o que o adolescente representava para cada um. Ele foi morto após levar cinco tiros na tarde de sexta-feira (29/11/2019).

De acordo com o diretor da escola em que o menino cursava o 6° ano, os estudantes se reuniram durante a manhã em um momento de oração pela família de Sharley. “Fizeram um momento de reflexão mesmo. Ele era um menino muito brincalhão e supersimples, humilde. Era muito acolhido por todos”, relatou Carlos Alberto Gonçalves.

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A professora Soraia de Queiroz lembra que Sharley levava lanche para os irmãos menores
CEF 19: colegas farão ainda mais homenagens ao menino
"Ele fazia todas as atividades, sempre se mostrava interessado", diz o professor Jovelino Soares
Diretor da escola, Carlos Alberto lembra que os colegas fizeram um momento de oração
Os alunos dizem que Sharley era muito querido por todos no colégio
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Os amigos de Sharley se uniram para escrever as cartas

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A professora Soraia de Queiroz lembra que Sharley levava lanche para os irmãos menores

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CEF 19: colegas farão ainda mais homenagens ao menino

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"Ele fazia todas as atividades, sempre se mostrava interessado", diz o professor Jovelino Soares

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Diretor da escola, Carlos Alberto lembra que os colegas fizeram um momento de oração

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Os alunos dizem que Sharley era muito querido por todos no colégio

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Com deficiência intelectual, o menino estudava pela manhã e, dois dias por semana, era acompanhado por uma equipe à tarde. Segundo Jovelino Soares da Silva, professor que o guiava na sala de recursos, Sharley era um aluno “muito esforçado”. “Ele fazia todas as atividades, sempre se mostrava interessado”, disse.

“Este foi o primeiro ano dele aqui na escola. No início, ele era bem fechado. Entretanto, com o tempo, foi se soltando mais e fez vários amigos”, completou.

“É muito triste”

Para a professora de matemática que dava aula para o adolescente, Soraia de Queiroz Santos, ele era “um menino muito bom”. “Encantava a todos. Nunca se envolveu com nada de ruim. É muito triste isso”, lamentou.

“O Sharley cuidava dos irmãos menores, tinha a preocupação de levar lanche para eles. Até me esperava na parada de ônibus. Dizia que me acompanharia para me proteger. Então, passamos nas salas para promover essa ação, porque era um menino que encantou a todos”, afirmou a professora.

Na tarde desta segunda, uma amiga de Sharley contou ao Metrópoles que estava organizando outra homenagem para o adolescente. “Vamos fazer um cartaz para entregar à mãe dele. Porque é muito difícil para ela perder um filho”, disse a menina de 13 anos.

“Ainda vamos passar de sala em sala para tentar fazer uma vaquinha entre os alunos para dar cestas básicas para ela. É muito difícil ela poder trabalhar agora, então queremos ajudar com o que pudermos”, acrescentou a estudante.

Investigação

No dia do crime, no Sol Nascente, Sharley estava ao lado de um jovem de 21 anos, que seria seu ex-cunhado. O rapaz também foi atingido e encaminhado ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC).

De acordo com Gustavo Augusto da Silva Araújo, delegado-chefe da 19ª Delegacia de Polícia (Setor P Norte), que investiga o assassinato, os investigadores acreditam que o rapaz, que é ex-cunhado do adolescente, seria o alvo dos disparos. Ele tem várias passagens pela polícia e sofreu duas perfurações.

Após passar pelo HRC, nesta segunda, ele prestou depoimento na delegacia. Segundo o delegado, a polícia aponta dois suspeitos. Entretanto ainda colhe depoimentos de testemunhas para elucidar o crime.

“Temos duas linhas. Uma é que o crime aconteceu devido a um acerto de contas entre o assassino e o adulto que estava com a criança. Pode ter sido um acerto devido a uma dívida envolvendo tráfico de drogas”, pontuou o delegado. O autor, que disparou 10 vezes contra as vítimas, fugiu e segue foragido.

“Outra linha é que esse adulto teria se envolvido com uma mulher do autor do crime”, completou.

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