Amigos de desaparecido na Chapada pedem reforço nas buscas
Familiares e colegas de Jacob Vilar Santana acreditam que ele pode estar perdido em terra, por causa de habilidades de sobrevivência dele
atualizado
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Após uma semana de buscas no Vale da Lua, na região da Chapada dos Veadeiros, Jacob Vilar Santana ainda não foi encontrado. O brasiliense de 31 anos foi levado por uma tromba d’água no dia 1º de dezembro, enquanto passeava com a namorada pelo local. Por causa das chuvas, as equipes do Corpo de Bombeiros de Goiás (CBMGO) tiveram que interromper as buscas diversas vezes.
Jéssica Souza dos Santos, 28, amiga de Jacob, acompanha a situação e disse ter expectativas de que o analista de sistemas esteja perdido nas matas. De acordo com ela, na sexta-feira (06/12/2019), as buscas por terra foram suspensas, o que causou aflição nos familiares e amigos.
“Se há chance de ele estar vivo e perdido na mata, ela diminui sem essa busca terrestre. Acreditarmos que ele esteja vivo em terra. Precisamos de apoio, de uma equipe concentrada também para buscas pela mata com cães farejadores e helicóptero”, ressalta.
Jéssica crê que ele tenha condições de sobreviver, mesmo passado tanto tempo. “Jacob tem experiência e noção de sobrevivência. É atleta. São muitos dias. Com essas buscas intensas na água, já teriam encontrado o corpo, caso ele tivesse se afogado”, destaca.
Ela conta que a família do desaparecido está no local onde ocorrem ações dos bombeiros, acompanhando de perto. Os dois irmãos de Jacob, tios e alguns amigos aguardam na esperança de alguma notícia. No oitavo dia de buscas, apenas o colete do rapaz foi encontrado.
Outra amiga de Jacob, Rayane Cristina Silva, 28, também acredita na possibilidade de o rapaz ter sobrevivido à tromba d’água. Ela diz que a família tenta ajuda de guias locais e outras corporações para que as buscas em terra continuem. “A gente não descarta nenhuma possibilidade. O Jacob pedala muito, tem fôlego e físico para estar vivo”, comenta Rayane.
Difícil acesso
As buscas foram retomadas na manhã desta segunda-feira (09/12/2019). De acordo com o Corpo de bombeiros do Goiás, as margens da cachoeira estão sendo monitoradas. “Se houver evidências de que ele pode ter saído para as matas, as buscas serão expandidas por terra, mas ainda não há nenhuma”, comunicou a corporação.
Os bombeiros do Goiás têm usado drones para auxiliar nas buscas e investido em mergulhos nas proximidades e no leito de pedra. Segundo a corporação, os cães farejadores seguem com dificuldade para acessar o local.