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Amiga de vítimas diz que viu criança “pegando fogo” em incêndio no DF

Ana Carolina Pereira, 24, e demais vizinhos relembram tragédia em barraco de Planaltina (DF) que tirou a vida de cinco mulheres nessa 2ª

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Hugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophoto
Imagem colorida de pessoas vestidas com roupas de cores diversas, em frente a um barraco deteriorado por um incêndio. Há uma faixa preta e amarela em frente
1 de 1 Imagem colorida de pessoas vestidas com roupas de cores diversas, em frente a um barraco deteriorado por um incêndio. Há uma faixa preta e amarela em frente - Foto: <p>Hugo Barreto/Metrópoles<br /> @hugobarretophoto</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-geral-quadrado-1"></div></div> </p>

Horas antes do trágico incêndio que tirou a vida de três crianças, uma adolescente e uma mulher em Planaltina, no Distrito Federal, uma das amigas da família esteve no barraco de madeira que pegou fogo na noite dessa segunda-feira (12/8).

Ana Carolina Pereira, 24 anos, relatou que tentou correr à residência para tentar tirar as vítimas da casa, mas elas já tinham sido consumidas pelas chamas.

“Quando chegamos, eu chutei a porta e só vi a Dona Ione. Vi a criança menor pegando fogo e comecei a gritar. Não sei se vou conseguir tirar isso da mente. Vi tudo o que aconteceu” relembra Ana Carolina.

Amiga de Ione da Conceição, 43 anos, e moradora de Sobradinho, a empresária de 24 anos tinha visitado as vítimas pouco antes do incêndio. A jovem foi convidada pela amiga a continuar no barraco por mais tempo, mas após o jantar, saiu para dormir em um barraco próximo e, mais tarde, despertou ao sentir um forte cheiro de fumaça e ouvir latidos na rua.

Ainda segundo Ana Carolina, a vela acesa no altar mantido pela dona do imóvel foi o provável causador da tragédia. “Tenho certeza de que foi a vela que ela [a amiga] botou [no altar]. Ela dizia que era pelas almas”, detalhou a jovem.

Demais testemunhas também confirmaram que Ione acendia uma vela todas as segundas-feiras, o que pode ter provocado o incêndio. A perícia do Instituto de Criminalística (IC) da Polícia Civil do DF (PCDF), no entanto, ainda não confirmaram a versão dos populares. A 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá) investiga as causas do incêndio.

 

Socorro demorou muito a chegar

Acordados pelo forte odor de fumaça e pelos latidos dos cachorros da rua, a vizinhança em volta do barraco de madeira, onde estavam Ione da Conceição e as quatro netas, tentaram de alguma forma salvar aos moradores da casa, mas foram impedidos pelas chamas.

A empresária Ana Carolina, 24, foi uma das testemunhas que lamenta não ter conseguido de alguma forma socorrer as mulheres. “Eu não consegui tirá-las [do barraco], e o socorro demorou muito a chegar”, lamenta a jovem.

Um vizinho da família, que preferiu não se identificar, acrescentou que ouviu gritos de crianças que pediam socorro, mas não foi possível salvá-las. “Elas diziam que [o barraco] estava queimando. E, quando conseguimos arrombar a porta, o telhado de lona caiu”, completou a testemunha.

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Vítimas são uma mulher de 43 anos, uma adolescente, de 14, e três crianças, de 9, 8 e 5 anos
Corpo de Bombeiros chegou e encontrou barraco tomado pelas chamas
Testemunhas tentaram salvar vítimas da tragédia
Amiga de vítima, empresária Ana Carolina, 24, estava com família pouco antes de incêndio começar
Móveis e eletrodomésticos ficaram totalmente destruídos
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Incêndio aconteceu na noite dessa segunda-feira (12/8) e matou cinco pessoas

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Vítimas são uma mulher de 43 anos, uma adolescente, de 14, e três crianças, de 9, 8 e 5 anos

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Corpo de Bombeiros chegou e encontrou barraco tomado pelas chamas

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Testemunhas tentaram salvar vítimas da tragédia

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Amiga de vítima, empresária Ana Carolina, 24, estava com família pouco antes de incêndio começar

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Móveis e eletrodomésticos ficaram totalmente destruídos

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Vela deixada acesa teria dado início ao incêndio

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Casa ficava perto da DF-230, em Planaltina (DF)

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O Corpo de Bombeiros Militares do Distrito Federal (CBMDF) foi acionado por volta das 23h. Apesar de a corporação ter deslocado quatro veículos de combate a incêndio para o local, as vítimas não puderam ser salvas. Segundo a corporação, o fogo já havia se espalhado e tomado conta de toda a residência, que estaria trancada por um cadeado.

O barraco em que Ione morava e onde estava com as quatro netas na hora da ocorrência ficava às margens da DF-230. A reportagem apurou que as vítimas tratam-se de Ione da Conceição Silva, 43 anos; a filha dela Eulália Narim da Conceição, 5 anos; e as netas dela Sophya Hellena Conceição Costa, 8 anos; Kathleen Vitoria da Conceição Silva, 14 anos anos; e Marybella Marinho da Silva, 9 anos.

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