Alzheimer é demência que mais atinge idosos com cuidadores no DF
Segundo pesquisa do IPEDF, 64% dos idosos brasilienses acompanhados por cuidadores familiares têm diagnóstico de Alzheimer
atualizado
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Os tipos de demência mais comuns entre pessoas idosas no Distrito Federal são os casos de Alzheimer e demência senil. Para idosos sob a responsabilidade de cuidadores familiares, 64% têm diagnóstico de Alzheimer, enquanto 73,8% estão entre aqueles que recebem atenção de cuidadoras particulares. No que se refere a demência senil, as proporções, para os mesmos grupos, são de 16,1% e 15,4%.
Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (8/12) pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do DF (IPEDF). A pesquisa “Estudo sobre pessoas idosas com demência e cuidadores no Distrito Federal” traz o perfil sociodemográfico de idosos residentes na capital, diagnosticados com demência ou em processo de diagnóstico e de seus cuidadores, assim como a identificação dos serviços existentes para este público e suas demandas de cuidado.
O perfil sociodemográfico de pacientes com demência mostra uma faixa etária avançada. A média observada para os que recebiam cuidado de familiares foi de 82,4 anos e 82,7 para os sob responsabilidades de cuidadoras contratadas. Assim como as cuidadoras, as mulheres idosas também são a maioria. Desse número, 68,5% fazem parte dos que são cuidados por familiares e 57,5% por particulares.
Perfil dos idosos que vivem sob cuidados no DF
O diagnóstico de demência é maior entre idosos sob cuidado das familiares ou particulares. Para o primeiro grupo a proporção foi de 85,8%, enquanto para os segundos, ainda maior, 91,9%.
A pesquisa também mostra que as Unidades Básicas de Saúde (UBS) são os serviços de saúde mais procurados para as pessoas idosas sob cuidados de cuidadoras familiares, com 31,9%, seguido de consultórios particulares, com 22,7%. Para os cuidados pelas particulares, há uma inversão: uma maior procura de consultórios particulares, com 41,3%, ao invés das UBS (18,8%).
Cuidadores de idosos
Segundo o levantamento, as mulheres são predominantes como cuidadoras em todas as três subdivisões. Entre os cuidadores familiares, elas representam 81,6%. Essa porcentagem é ainda maior entre os particulares (88,7%). Entre os institucionalizados, o percentual é de 79,4%
O perfil etário também apresenta uma diferença. Os cuidadores familiares possuem média de idade de 50,9 anos, seguido dos particulares (40,9) e os institucionalizados (36,8).
A ótica do estudo passou a ser focada no público feminino, visto que elas são a maioria dentre os cuidadores. Se tratando de raça/cor, a maior proporção de mulheres negras é vista entre as cuidadoras particulares (80%). Para as cuidadoras familiares e institucionalizadas, a proporção dessa categorização é de 64,1% e 76%, respectivamente.
A relação de parentesco, avaliada apenas para as cuidadoras familiares, apresentou os seguintes números: filha (61%); neta (11,5%); e esposa (9,2%). Quanto ao estado civil, as categorias de cuidadoras particulares (58,8%) e institucionalizadas (53,6%), se declararam como “solteiras”. Por outro lado, dentro dos dois grupos citados, 22,5% e 36,1% afirmaram serem casadas. O padrão para as cuidadoras familiares é invertido, ou seja, número de casadas (38,6%), superior ao de solteiras (36,3%).