Alvos da polícia, grileiros vendiam chácaras por R$ 500 mil no DF
Além de invadir terras públicas, os criminosos usavam armas de fogo, faziam ameaças e falsificavam documentos, segundo a PCDF
atualizado
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Associações criminosas especializadas no parcelamento irregular do solo foram alvo de operação da Polícia Civil do Distrito Federal na manhã desta terça-feira (17/12/2019). A corporação cumpriu 29 mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão. Segundo as investigações, uma das chácaras parceladas pelo grupo chegou a ser vendida, recentemente, por R$ 500 mil.
A maioria dos mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal do Paranoá e cumpridos nas regiões do Plano Piloto, Paranoá, Gama, Lago Sul, Recanto das Emas, Varjão do Torto, de Sobradinho, Santa Maria, Arniqueiras, Planaltina e Vicente Pires.
Os grupos criminosos começaram a ser monitorados em março deste ano, quando alguns dos membros da quadrilha foram autuados em flagrante por parcelamento irregular do solo no Paranoá.
Segundo diligências da Delegacia Especial de Combate à Ocupação Irregular do Solo e aos Crimes contra a Ordem Urbanística e o Meio Ambiente (Dema), os suspeitos estão envolvidos na constituição de diversos condomínios irregulares em todo o Distrito Federal e atuam com extrema violência.
Além de invadir terras públicas, os criminosos usam armas de fogo, fazem ameaçam e falsificam documentos para lucrarem quantias vultosas com os negócios ilícitos.
Ainda segundo as investigações, o pagamento dos lotes, muitas vezes, era feito por meio de repasse de imóveis e automóveis de luxo, que eram transferidos diretamente a terceiros no intuito de ocultar bens e capitais dos fraudadores.
Até as 10h30, seis mandados de prisão preventiva tinham sido cumpridos. Os policiais apreenderam documentos, veículos e duas armas em uma chácara no Altiplano Leste, no Lago Sul.
Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa, parcelamento irregular do solo para fins urbanos, dano ambiental, incêndio, coação no curso do processo, disparo de arma de fogo, uso de documento falso, incêndio e lavagem de dinheiro.
Batizada de Beirute, a operação faz parte de uma série de ações que serão desencadeadas pela Dema neste fim de ano, época em que as ocupações irregulares, historicamente, tendem a aumentar.