Alvo de operação da PCDF, bando fazia compras em nome de servidores
Com documentos falsos, fraudadores teriam lesado pelo menos 50 pessoas e faturado R$ 1 milhão com esquema criminoso
atualizado
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Investigadores da Coordenação de Repressão a Fraudes (Corf) deflagraram operação, nesta terça-feira (24/09/2019), para desarticular uma organização criminosa especializada em fraudar dados de servidores públicos. Os alvos principais dos criminosos são funcionários de tribunais com altos salários e sem restrição em seus CPFs.
De acordo com os investigadores, o bando fabricava documentos falsos em nome das vítimas, como contracheques e comprovantes de residência, e conseguia emitir Carteiras de Habilitação junto ao Departamento de Trânsito (Detran). Em seguida, os estelionatários cometiam uma série de fraudes. Pelo menos 50 pessoas foram vítimas da quadrilha.
Estão sendo cumpridos oito mandados de busca e apreensão. De acordo com as investigações, a organização criminosa fazia transferências de dados dos chips de celular, invadia contas de e-mails e de outros sistemas informáticos, celebravam contratos de locação de imóveis, contratava planos de telefonia móvel, abria contas em bancos, solicitava cartões de crédito, contraía empréstimos pessoais e realizava outras transações financeiras em nomes das vítimas.
Entre as pessoas lesadas, estão servidores de órgãos como Tribunal de Contas da União (TCU), Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), Advocacia -Geral da União (AGU), Polícia Militar do Df (PMDF) e Secretaria de Fazenda do DF. Segundo as apurações, o bando teria faturado cerca de R$ 1 milhão com os golpes.
Alguns dos suspeitos já havia sido presos pela Corf. A unidade especializada deverá divulgar o nome dos autores e o número de prisões ao final da Operação Alicantina, que quer dizer esperteza.