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Alvo da PCDF diz que não sabe a procedência da cobra: “Ganhei de presente”

Nelson Júnior Soares Vasconcelos prestou depoimento na 14ª Delegacia de Polícia após uma corn snake ser apreendida na casa dele

atualizado

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Rafaela Felicciano/ Metrópoles
Corn snake apreendida em operação da PCDF
1 de 1 Corn snake apreendida em operação da PCDF - Foto: Rafaela Felicciano/ Metrópoles

Após ser um dos alvos da Operação Snake, deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal nesta quinta-feira (16/7), o videomaker Nelson Júnior Soares Vasconcelos prestou depoimento na 14ª Delegacia de Polícia (Gama). Ele foi convocado a dar explicações sobre a cobra corn snake, encontrada na casa dele durante ação policial desta manhã.

Vasconcelos disse aos investigadores que não sabe a procedência da serpente, de espécie norte-americana. “Ganhei de presente quando prestei veterinária”, disse Nelson ao Metrópoles, na saída da delegacia. Ele alega que não sabia que precisava de autorização para manter o animal em cativeiro.

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Policiais e fiscais do Ibama cumpriram busca e apreensão na casa do estudante de veterinária
Buscas foram feitas no Guará, Gama e Riacho Fundo
Operação Snake
Cobra apreendida na segunda fase da operação policial
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PCDF deflagrou operação

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Policiais e fiscais do Ibama cumpriram busca e apreensão na casa do estudante de veterinária

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Buscas foram feitas no Guará, Gama e Riacho Fundo

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Operação Snake

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Cobra apreendida na segunda fase da operação policial

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O rapaz chegou a ficar em coma após a picada da serpente

Reprodução
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O estudante de veterinária foi picado pela Naja que criava ilegamente

Foto: Reprodução

Segundo Nelson, a cobra estava com ele havia três anos. Ele se disse surpreso com o mandado de busca e apreensão cumprido contra ele nesta quinta-feira, uma vez que já cuidada do bicho “há tanto tempo”. “Ela ficava em um terrário específico”, contou.

O investigado foi liberado após o depoimento. Já a cobra, foi levada por fiscais do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama ) para o centro de triagem do órgão. Após avaliação, as autoridades ecológicas vão definir o futuro da serpente.

Snake

Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos pela PCDF, esta manhã, em endereços ligados ao estudante Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkul, 22 anos, que foi picado por uma cobra da espécie Naja no Distrito Federal. O amigo dele Gabriel Ribeiro e outros dois investigados também foram alvo da ação policial que apura o crime de tráfico de animais.

Ao todo, quatro mandados foram cumpridos, sendo os outros nas regiões do Gama e Riacho Fundo. A segunda fase da operação teve apoio da Divisão de Operações Especiais (DOE) da PCDF e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Diversos documentos, celulares, medicamentos de uso veterinário e vários itens usados na criação ilegal de animais silvestres e exóticos também foram apreendidos pelos policiais.

A Corn Snake tem origem americana. É usada em exposições e como alimento para outras cobras. A serpente não é peçonhenta, mas é proibido criar a espécie do animal em casa e a prática pode até dar multa.

Com mais essa serpente, são 18 espécies apreendidas e que estão ligadas aos investigados.

 

Alta

Pedro Henrique recebeu alta do Hospital Maria Auxiliadora, no Gama, na manhã dessa segunda-feira (13/7), e voltou para casa. Foram seis dias de internação. Ele mora na QE 40 do Guará II e criava a Naja como animal de estimação, apesar de a serpente não ser natural de nenhum habitat brasileiro e ter um veneno que pode ser letal. As circunstâncias do acidente ocorrido no dia 7 de julho com a cobra ainda são desconhecidas.

O estudante chegou a ficar em coma no hospital. A família de Pedro importou dos Estados Unidos doses de soro antiofídico. A busca pelo antídoto — tão raro no Brasil quanto a presença desse tipo de serpente — mobilizou especialistas. As únicas doses disponíveis no país estavam no Instituto Butantan, em São Paulo. Os médicos enviaram ao Distrito Federal todo o estoque disponível para que fosse usado no tratamento de Pedro.

Veja vídeo da Naja:

O caso

Tão logo foi atacado pela Naja, no dia 7 de julho, o estudante de veterinária foi levado para o hospital pelos pais. Ele apresentava palidez, tontura e dormência nos membros inferiores, sintoma que evoluiu e atingiu os membros superiores.

Segundo o Ibama, não existe registro, nos últimos anos, de entrada legal de uma cobra dessa espécie no Distrito Federal.

O animal exótico foi encontrado no fim da tarde da quarta-feira (8/7), dentro de uma caixa de plástico, próximo a um barranco, nas redondezas do shopping Pier 21, no Setor de Clubes Sul. Gabriel teria escondido o animal no lugar enquanto Pedro estava internado.

Como Pedro não tem autorização para criar a Naja, ele será multado em R$ 2 mil, valor que pode ser aumentado de acordo com a quantidade de serpentes que pertencem a ele.

A suspeita de investigadores da Delegacia de Combate à Ocupação Irregular do Solo e aos Crimes contra a Ordem Urbanística e o Meio Ambiente (Dema) é de que a serpente tenha sido alvo de tráfico internacional de animais exóticos. Ela agora está sob os cuidados do Zoológico de Brasília.

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Ela costuma viver em regiões da África e da Ásia
A Naja não é uma cobra típica do Brasil
Zoológico de Brasília fez ensaio fotográfico com cobra que picou estudante
Brasil não tem soro para o animal
A serpente não é natural de nenhum habitat brasileiro
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No Brasil, não há Najas, logo, o soro que combate o veneno desse tipo de serpente é raro

Material Cedido ao Metrópoles
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Ela costuma viver em regiões da África e da Ásia

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A Naja não é uma cobra típica do Brasil

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Zoológico de Brasília fez ensaio fotográfico com cobra que picou estudante

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Brasil não tem soro para o animal

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A serpente não é natural de nenhum habitat brasileiro

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A Naja foi transferida para o Butantan, em SP

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Naja no Zoo

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No Zoo de Brasília, serpente ganhou espaço próprio para sua espécie

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