Alunos voltam 100% ao presencial sem saber se haverá professor em sala
Sinpro-DF alega que não há como manter distanciamento nas escolas e convoca paralisação de educadores
atualizado
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Após um ano e sete meses, as aulas na rede pública do Distrito Federal voltam a ser 100% presencias a partir desta quarta-feira (3/11). Apesar da determinação do GDF, os 460 mil estudantes ainda não sabem se, de fato, vão conseguir cumprir a grade diária.
Isso porque o Sindicato dos Professores no Distrito Federal orientou os docentes a não retornarem às unidades de ensino e convocou manifestação a fim de protestar contra o retorno – o ato está marcado para ocorrer às 9h, no Setor Bancário Norte.
Como o Palácio do Buriti anunciou o corte do ponto do educador que aderir ao movimento, não se sabe qual será o tamanho da mobilização orquestrada pelo Sinpro-DF.
O diretor da Associação de Pais e Alunos das Instituições de Ensino do Distrito Federal (Aspa-DF), Alexandre Veloso, entende que uma paralisação, neste momento, só prejudica a qualidade do ensino ofertado a crianças e adolescentes. “Contamos com o bom senso dos professores para que não parem”, ressalta.
A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, segue a mesma linha de raciocínio: “Os jovens passaram por um período muito difícil durante a pandemia e, agora, chegou a hora de recuperarmos nossas perdas. Não temos um minuto a perder”, afirmou a chefe da pasta.
Já o diretor de comunicação do Sinpro-DF, Cleber Soares, tem entendimento distinto: “A categoria está muito sensibilizada. O GDF fala em garantir protocolos, mas o distanciamento social não poderá ser garantido em salas de aula com 35 a 40 alunos por causa do tamanho dos espaços”.
Flexibilização
As secretarias de Educação e Saúde do DF asseguraram que a volta presencial às unidades públicas de ensino seguirá protocolos rígidos e terá acompanhamento de casos em tempo real.
As principais definições detalhadas no encontro foram o turno letivo de quatro horas diárias, uso da capacidade máxima do transporte escolar, uso obrigatório e correto de máscaras e a limitação no fluxo de pessoas com acesso às escolas.
Na segunda (1º/11), a capital federal registrou média móvel de 134 pessoas infectadas pela Covid-19. Este é o menor número desde 25 de abril de 2020.