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Alunos madrugam em fila para desbloquear cartão do passe livre no DF

Estudantes dos ensinos fundamental, médio e superior ainda estão encontrando dificuldades para usar o benefício

atualizado

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Estudantes madrugaram nesta quinta-feira (2/8) em frente ao posto do Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTRans) da Galeria dos Estados, na Asa Sul. A fila era grande no começo da manhã. Mesmo após o início das aulas, os usuários do passe livre estão enfrentando dificuldades para utilizar o benefício.

Eles se queixam de que o cartão não foi atualizado ou não está sendo reconhecido pelo sistema. Os problemas afetam alunos dos ensinos médio, fundamental e superior. Morador de Brazlândia, Bruno Pereira afirma que está tendo de tirar dinheiro do bolso para ir até a Universidade de Brasília (UnB), onde cursa biomedicina.

O universitário calcula ter gastado R$ 90 com passagens desde que as aulas voltaram. Nesta quinta (2), Bruno estava pela segunda vez na fila do DFTrans. Depois de uma hora de espera, conseguiu desbloquear o cartão. “É muito desconfortável chegar aqui cedo e enfrentar essa situação. As pessoas estavam esperando no sol”, relata.

 

 

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Bruno Pereira, estudante de biomedicina, conseguiu desbloquear o cartão
Rayssa Magalhães, estudante do ensino médio, em Taguatinga Norte
O tempo de espera na fila chegou a uma hora
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Problemas de atualização ou reconhecimento do cartão fizeram com que alunos perdessem aulas ou pagassem as passagens

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Bruno Pereira, estudante de biomedicina, conseguiu desbloquear o cartão

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Rayssa Magalhães, estudante do ensino médio, em Taguatinga Norte

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O tempo de espera na fila chegou a uma hora

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Os problemas com o passe livre são recorrentes. No começo da semana, os estudantes já se queixavam de transtornos na hora de utilizar o benefício. Amanda Joana Barbosa, 12 anos, por exemplo, diz que não conseguiu passar o cartão + Estudante e perdeu o dia letivo no Centro de Ensino Fundamental (CEF) da 410 Norte.

“Na hora que passei, apareceu ‘cartão inválido’. Desci do ônibus porque não tinha dinheiro para pagar a passagem. Não consegui ir à escola, e meus pais não puderam me levar”, lamentou. Letícia Ramos,12, também precisou descer do coletivo porque o cartão estudantil não foi validado.

Não fosse a carona oferecida pela mãe de uma colega que teve o mesmo problema, a estudante não conseguiria chegar a tempo ao CEF 209, em Santa Maria. “Apareceu ‘cartão vencido’. Não tinha dinheiro, e a mulher não me deixou passar. Se tivesse de voltar em casa, ia demorar muito”, disse.

“Este problema aconteceu com quase todo o colégio. As salas estavam vazias, as pessoas não conseguiam ir sem o passe” diz Rayssa Magalhães, aluna do Centro de Ensino Médio Taguatinga Norte, que esperou mais de uma hora na fila. “Todo ano é isso. Foram 15 dias de recesso. Por que o DFTrans não se organizou antes?”, destacou a estudante. Acionado, o órgão ainda não havia se manifestado até a última atualização desta reportagem.

Cartões nas escolas
Conforme anunciado no mês de junho, o DFTrans informou que encaminhou às 14 coordenações regionais de ensino de Brasília cartões prontos para serem ativados. Eles foram entregues em pacotes separados por unidades de ensino, turno, série/ano e turmas.

A ativação dos cartões pode ser feita após confirmação dos diretores de cada colégio. Os alunos têm até 20 dias para retirá-los depois que forem entregues nas respectivas coordenações. Passado esse prazo, os documentos serão devolvidos ao DFTrans.

O passe livre estudantil é foco de constantes queixas dos usuários. No primeiro semestre de 2017, o benefício liderou o ranking de reclamações na Ouvidoria da Controladoria-Geral, com mais de 80 mil manifestações.

O sistema de bilhetagem também é investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal, por meio da Operação Trickster. Em 15 de março deste ano, 34 pessoas foram presas, suspeitas de envolvimento no esquema fraudulento supostamente chefiado pelo auditor da Secretaria de Mobilidade Pedro Jorge Brasil e que teria desviado mais de R$ 1 bilhão.

 

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