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Alunos do DF de 10 e 11 anos serão os mais novos na Academia de Letras

Escritores Ryan Maia, de 10 anos, e Guillherme Pullig, de 11, serão empossados neste mês no Núcleo Jovem de Letras e Artes da ALB

atualizado

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Ryan Maia, aluno do DF superdotado
1 de 1 Ryan Maia, aluno do DF superdotado - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Dois estudantes do Distrito Federal serão os escritores mais jovem a ingressar na Academia de Letras do Brasil (ALB). Ryan Maia (foto em destaque), de 10 anos, e Guillherme Pullig, de 11, serão empossados neste mês no Núcleo Jovem de Letras e Artes da ALB.

Ryan reúne dezenas de certificados, moções, títulos e possui reconhecimento internacional. Diagnosticado com superdotação – ou alta habilidade –, o menino já publicou dois livros. A cerimônia de posse dele como membro será no próximo sábado (14/8), no ParlaMundi, ao lado da LBV.

“Esse núcleo serve exatamente para isso. Ficamos atentos a esses jovens que apresentam suas potencialidades, tanto em relação às Letras quanto em relação a artes plásticas, fotografia, desenho. Então, abrimos um espaço dentro da ALB para que eles possam ganhar visibilidade, ter oportunidade de trocar experiência com nossos escritores ‘imortais’. Abrimos um campo para que eles tenham uma instituição que os represente e começamos uma preparação para que, no futuro, eles possam assumir uma cadeira definitiva como escritor ‘imortal'”, explica o presidente da seccional do DF, André Pullig, quem convidou Ryan para ingressar na Academia.

São 13 crianças e adolescentes que compõem o núcleo atualmente. Além de Ryan, o filho de André Pullig também ingressará na ALB. Guillherme Pullig escreveu o primeiro livro, chamado “A minhoquinha fez amigos”, aos 9 anos. A obra foi publicada recentemente, quando o autor já havia completado 11 anos.

O menino cursa o 6º ano no CEF Sargento Lima, em Santa Maria. Ele e Ryan estarão ao lado dos escritores que ocupam as 69 cadeiras da academia em Brasília.

“O aniversário da ALB é no dia 21 de agosto, e o Guilherme será empossado nesse dia, em cerimônia on-line. O Ryan será no dia 14 porque também receberá placa da OAB, outras homenagens”, diz André. “Serão os dois mais jovens da academia”, completa.

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Ele publicou o primeiro livro neste ano
Ryan Maia tem 10 anos
Ele mora em Ceilândia
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Guilherme Pullig tem 11 anos

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Ele publicou o primeiro livro neste ano

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Para o pai de Ryan, o bombeiro aposentado Márcio Maia, 49 anos, o momento é de orgulho. “Quando você tem um filho, coloca numa boa escola, faz sua parte, mas não sabe do futuro. No caso do Ryan, a gente tem a tranquilidade de saber que ele vai chegar em um bom lugar”, destaca.

“O Ryan é um menino extremamente educado, que consegue fascinar os outros. Ele respeita as hierarquias, professor, tio… Quando é hora de fazer tarefa, faz. Então, a gente vive nesse estado de tranquilidade com ele”, acrescenta o pai.

Superdotação

Após ter a dotação confirmada, Ryan passou a frequentar aulas na turma de altas habilidades da Secretaria de Educação, na Escola 64 de Ceilândia, um colégio da rede pública de ensino. “É uma vez por semana e são apenas cinco alunos na turma dele. Eles estudam robótica, treinam xadrez, matérias assim, mais um pouco avançadas”, pontua o pai.

Em uma escola privada da capital, ele cursa a 4ª série. “Propuseram que ele pulasse de série, mas achamos melhor deixar na mesma, junto dos colegas dele. Hoje, ele sabe lidar com esse tipo de situação.

Ryan mora com o pai e a mãe em Ceilândia. Aprendeu a ler aos 4 anos e aos 6 lançou o primeiro livro: “Uma heroína e um herói”, de 28 páginas. A história rodou o Brasil e passou a ser utilizada por vários professores em salas de aula. Desde então, o menino passou a ser requisitado para palestrar pelo país para contar a própria experiência.

Mesmo com a agenda cheia, Ryan teve tempo de escrever um novo livro, aos 9 anos: “A Formiga Fora do Normal”, de 47 páginas. “O maior desafio de um pai que tem um filho superdotado é mantê-lo no ciclo da infantilidade que ele tem. Como a gente mora em condomínio, ele desce, tem os amigos, e não perdeu essa essência. Mas, quando vai dar uma palestra para adultos, já se comporta mais como superdotado”, comenta Márcio.

“Há dois meses, ele deu uma palestra pelo Sebrae para 703 professores. Mas, dentro de casa, quando está com os amigos, ele é uma criança como as outras, e graças a Deus tem o controle dessa diferenciação”, afirma.

Com um projeto chamado “Incentivo à leitura”, o garoto vai a escolas, dá palestras e distribui seus livros. Após ficar conhecido nas redes sociais e aparecer em diferentes reportagens, Ryan chegou a ser “patrocinado” por um empresário brasileiro, segundo conta o pai.

“Esse empresário simpatizou com o Ryan e pagou curso de inglês – que ele termina agora em dezembro, porque fez em dois anos um curso de seis anos -, pagou a escola e deu uma bolsa na Universidade de Stanford, na Califórnia, para quando ele se formar”, revela Márcio.

“Com muita alegria” foi como Ryan descreveu o momento em que soube que se tornaria membro da Academia de Letras do Brasil. Veja no vídeo:

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