Alunos de escola de Planaltina recebem presentes de Natal no STJ
Mais de 180 crianças de uma escola rural em Planaltina tiveram os pedidos apadrinhados. Entrega ocorre em parceria entre o STJ e os Correios
atualizado
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Alunos da Escola Classe Santos Dumont, do núcleo rural de Planaltina, foram ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) receber os presentes pedidos nas tradicionais cartinhas da campanha Papai Noel dos Correios. A entrega ocorreu nesta sexta-feira (06/12/2019).
Com a ajuda do bom velhinho, o servidor aposentado Abenildo Jerônimo dos Santos, que se fantasiou de Papai Noel, os presentes foram distribuídos para 186 alunos, de 5 a 11 anos, que escreveram as cartinhas adotadas pelos servidores.
Na lista de desejos das crianças, tinha de tudo um pouco: bola, carrinho de controle remoto, tênis que piscam, boneca, piscina de plástico e até material escolar. Os servidores aproveitaram ainda para presentear com uma bicicleta a filha de uma funcionária da casa.
Raniely, 6 anos, foi a primeira a ganhar o presente do Papai Noel. Ao abrir a embalagem, encontrou exatamente o que desenhou na cartinha: uma boneca de vestido rosa. Ela garante ter gostado do brinquedo.
Joaquim Luís, 6, não perdeu tempo para calçar a chuteira que ganhou de presente. “Queria para jogar futebol”, comemora. Davi, 7, também vai poder participar das partidas, depois de ganhar um uniforme do time de coração, o Corinthians.
O diretor da escola, Valdeck Caldas, conta que as crianças passaram a semana inteira esperando o dia da entrega dos presentes. “Algumas mães disseram que os filhos nem dormiram”, afirma. Caldas afirma que o próprio passeio foi um presente para os alunos, que adoraram ver o Lago Paranoá da janela do ônibus.
Momento especial
A ideia de Abenildo se tornar Papai Noel surgiu com a sugestão de um amigo, que se vestia do personagem há alguns anos. “Ele falou que precisava de um substituto e me incentivou”, conta. Mas foi só depois que o tribunal procurou por um novo Papai Noel para a cerimônia que Abenildo se interessou.
É o segundo ano que ele participa da entrega de brinquedos, promovida há sete anos. O servidor aposentado lembra que, no ano passado, ficou nervoso. “Eu tinha medo do que fazer, mas as crianças me surpreenderam.”
De acordo com ele, assim que entrou no auditório e tocou o sino, a recepção foi calorosa. “A maioria virou da cadeira e gritou pelo Papai Noel.” Nesta sexta-feira, a reação foi semelhante, cheia de gritos e abraços.
No ano passado, o aposentado também recebeu um presente. “Uma criança chegou com um pirulito e me deu, falando: ‘Papai Noel, esse é o seu [presente]. Eu tenho essa bala até hoje.”
O último corte na barba verdadeira, que dá o toque especial na fantasia, foi em abril. “Depois, só dou umas aparadas. E é só para isso que eu deixo [crescer]”, afirma. Assim que passa o Natal, o aposentado corre para o barbeiro.
Ele conta que o visual é tão convincente que até já foi convidado para representar o bom velhinho em shoppings da capital. “Para ganhar dinheiro, eu não quero”, conclui.