Alunos de computação da UnB conquistam vaga em torneio internacional
Equipes masculina e feminina conseguiram classificação para final latino-americana, em 2024, no México, e pode garantir vaga mundial
atualizado
Compartilhar notícia
Três times da Universidade de Brasília (UnB) — dos campi Darcy Ribeiro e Gama (FGA) — participaram da final da 28ª Maratona de Programação da Sociedade Brasileira de Computação (SBC), em Chapecó (SC), e se classificaram para a final latino-americana do International Collegiate Programming Contest (ICPC), previsto para ocorrer em Guadalajara, no México, entre 14 e 19 de março de 2024.
Composto pelo mestrando em matemática Alberto Neto e pelos graduandos Lucas Cruz, do curso de ciência da computação, e Tiago Fernandes, de engenharia da computação, o time ¿¿Heladito?? foi o melhor da região Centro-Oeste, conquistou medalha de bronze na competição e alcançou a 11ª posição no ranking nacional — além do 20º lugar na América Latina.
A equipe Lenhadoras de Segtree, formada pelas estudantes de ciência da computação Maria Eduarda Carvalho, Maria Eduarda Machado e Nathália Oliveira, também se classificou para a próxima fase da competição como o melhor time feminino da América Latina.
O time da FGA Me Prova que Eu Tô Certo ficou em 38º lugar no Brasil e na 102ª colocação na América Latina. No total, 16 equipes brasileiras seguem para a final no México. Os vencedores da próxima etapa disputarão a final mundial.
“Há diversos bons resultados recentes. A UnB se tornou referência de excelência na competição nos últimos anos”, afirma o professor de ciência da computação Guilherme Novaes. “Temos esperança de que ao menos um dos times [da universidade] avance para a final mundial.”
Acompanhamento
Os participantes se prepararam entre três e quatro anos para alcançar o desempenho atingido nas competições. “Temos construído um trabalho bem forte dentro da universidade. Desenvolvemos uma série de atividades locais para incentivá-los, bem como disciplinas que auxiliam nos treinamentos”, detalhou.
Guilherme atua como coach das equipes junto ao ex-aluno da UnB e duas vezes finalista mundial na competição José Marcos Leite; ao professor de ciência da computação Vinícius Ruela; e ao professor Edson Alves. Os três são os principais responsáveis pelos treinos e resultados obtidos pela universidade na maratona.
Para além da competição, os resultados se refletem nos resultados acadêmicos. “Os estudantes desenvolvem uma série de habilidades, aprendem a trabalhar em equipe e, principalmente, a estudar. No departamento [de ciência da computação], eles são reconhecidos por terem os melhores desempenhos nas matérias”, ressaltou Guilherme.
Maratona de computação
Fora os classificados em 2023 para o torneio latino-americano, o time Flamengo se classificou para a final mundial no ciclo de 2022. O evento seria no Egito no início deste mês, mas foi postergado e ainda não tem data para ocorrer.
Lançada para encorajar a busca de novas soluções em software, a maratona faz parte das competições regionais classificatórias para as etapas mundiais do ICPC, nas quais times de três estudantes representam universidades e são desafiados a resolver, em cinco horas, diversos problemas computacionais. Vence o que solucionar a maior quantidade em menor tempo.
Além de permitir que os estudantes exercitem habilidades técnicas e construam uma rede de contatos em nível mundial, a competição incentiva a busca pelo conhecimento e o desenvolvimento da autonomia no processo de aprendizagem.