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Aluno da UnB faz gesto de supremacia branca e é denunciado por colegas

Símbolo de “ok” tem sido utilizado ao redor do mundo com o significado de “White Power”, “Poder Branco”, em inglês

atualizado

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Grupo com rosto desfocado e um deles, de preto e de óculos, fazendo gesto de ok
1 de 1 Grupo com rosto desfocado e um deles, de preto e de óculos, fazendo gesto de ok - Foto: Reprodução

Uma confraternização entre alunos da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília (UnB), no último sábado (6/11), causou polêmica nas redes sociais após um dos estudantes aparecer em uma foto do grupo fazendo um gesto de “ok” com a mão. Esse sinal tem sido utilizado por supremacistas brancos em todo o mundo e ganhou destaque no Brasil após um assessor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) utilizá-lo durante sessão no Senado, em março.

O encontro ocorreu em um bar da Asa Sul para comemorar o término do semestre letivo. Ao fim das conversas, todos os que estiveram no local se reuniram e tiraram algumas fotos.

Em uma delas aparece o aluno Leonardo Rigotti fazendo o símbolo, que pode ter várias conotações. Em alguns países, é usado para sinalizar “ok”, mas, no Brasil, pode indicar uma obscenidade. Recentemente, passou a ser usado pelos supremacistas brancos nos Estados Unidos como uma “tática popular de trolagem”.

O “w” formado com os três dedos significa “white” e os outros dois dedos formam a letra “p”, que significaria “power”. “White Power” é uma expressão racista que significa “Poder Branco”.

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Assessor de Bolsonaro realizou gesto supremacista durante sessão no Senado
Um apoiador de Bolsonaro tirou uma foto fazendo o gesto, mas o presidente pediu para que fosse apagada
Plataforma foi desenvolvida há cerca de dois anos como ferramenta de estratégia de estudo para vestibular da UnB
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UnB repudiou gesto do estudante da instituição

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Assessor de Bolsonaro realizou gesto supremacista durante sessão no Senado

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Um apoiador de Bolsonaro tirou uma foto fazendo o gesto, mas o presidente pediu para que fosse apagada

Cafezinho com pimenta/Reprodução
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Plataforma foi desenvolvida há cerca de dois anos como ferramenta de estratégia de estudo para vestibular da UnB

Rafaela Felicciano/Metrópoles

O registro causou reações em diversos grupos de alunos. Uma estudante que viu a imagem informou à reportagem que levou o caso ao Ministério Público do DF e Territórios. “Tive a iniciativa de fazer a denúncia, pois é muito comum as pessoas se indignarem, mas não fazerem algo. É naturalizado”, disse. Procurado, o MPDFT confirmou o recebimento da denúncia e informou que o “caso está em tramitação interna e logo em seguida será distribuído para a unidade com atribuição para apuração dos fatos”.

A repercussão chegou até o Centro Acadêmico de Direito (CADir), que escreveu uma extensa nota de repúdio. Além de contextualizar a utilização desse símbolo, a publicação diz “que já está tomando medidas jurídicas cabíveis diante do episódio relatado e, mais uma vez, reafirma o compromisso político e democrático contra todas as formas de violência simbólica”.

Veja abaixo

O que diz o estudante

Em conversa com a reportagem, Leonardo informou que tudo não passou de um mal-entendido. Segundo ele, o grupo chegou a conversar sobre o assunto durante a noite e ele fez o gesto como uma sátira. “Estava, na verdade, criticando o ato. Na hora da foto, não pensei na repercussão, mas acabou caindo nas redes sociais sem o contexto”, explica.

O aluno informou ainda que se dispôs a conversar com o CADir para elucidar a situação.

O Metrópoles procurou também a Faculdade de Direito e a Reitoria da UnB, que informaram repudiar “todo e qualquer ato de racismo, violência ou intolerância”.

Segundo a nota enviada pela assessoria de imprensa da UnB, a instituição tem “postura de respeito ao direito à diversidade e à liberdade de expressão nos quatro campi da Universidade, dentro das prerrogativas legais” e informou que, “quando se trata de ações que extrapolam a alçada administrativa da UnB, os órgãos competentes devem ser acionados”.

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