Aluguel de imóveis em Águas Claras sobe 44% entre 2019 e 2022
Regiões administrativas tiveram variações de preços superiores, como Plano e Sudoeste. Aumentos são reflexos da pandemia
atualizado
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Os três anos de pandemia de Covid-19 afetaram diretamente o mercado de alugueis do Distrito Federal. Segundo o Boletim Conjuntura Imobiliária, os preços dispararam em Águas Claras, Samambaia, Sobradinho e Ceilândia.
Em Águas Claras, os valores subiram 44%, entre 2019 e 2022. O valor médio de locação de apartamentos de um a três quartos na região chegou a R$ 2.150.
Neste mesmo corte de três anos, Samambaia teve aumento de 34,64%, alcançando o valor médio de R$ 1.110. Na sequência, Sobradinho, registrou aumento de 33,33%. O preço médio na cidade é de R$ 1.280.
Segundo o presidente do Sindicato da Habitação do DF (Secovi-DF), Ovídio Maia, o resultado da pesquisa surpreendeu o mercado. A expectativa era de registrar maiores aumentos no Plano Piloto e no Sudoeste.
“Isso prova que Águas Claras se consolidou como cidade planejada”, afirmou. Segundo Maia, a região atraiu os locatários imóveis com infraestrutura completa com espaços lazer, esporte e até reuniões.
Home office
“É um impacto da pandemia. As pessoas passaram a procurar locais onde possam morar e trabalhar. É o home office. E os condomínios são também miniclubes”, pontuou.
O metrô também pesou a favor da região administrativa, junto à oferta de comércio, escolas, faculdades e o Parque de Águas Claras.
“É Lei da Oferta e da Procura. Águas Claras é uma cidade que deu certo. O preço do metro quadrado a área privativa dos novos empreendimentos já ultrapassou R$ 9 mil. E nos imóveis antigos passou dos R$ 6 mil”, contou.
Samambaia chamou a atenção do mercado por oferecer prédios novos com preços mais baixos, além de acesso ao Metrô. A perspectiva de inauguração do Centrad também atraiu empreendimentos e pessoas para a região.
“Sobradinho é cidade serrana, com ares de interior. Tem muitos condomínios em processo de regularização, gerando o adensamento na região. Além disso, a malha viária melhorou”, explicou.
O estudo mapeou o aumento de 27,76% no valor do aluguel em Ceilândia. Atualmente, o preço médio da locação é de R$ 975.
Plano Piloto
Pelo diagnóstico de Maia, apesar das qualidades, o Plano Piloto apresenta imóveis com maior metragem e valores mais altos, incluindo as despesas com condomínio e Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).
Os valores na Asa Norte tiveram aumento de 13,10%, ficando na média em R$ 2.790. Na Asa Sul, o aumento foi de 9,60%, com preço no patamar de R$ 2.850. No Sudoeste a variação foi de 3,25%, ficando em R$ 2.530.
Segundo Maia, atualmente 29% dos imóveis do DF são alugados. Percentual superior à média nacional, que é de 19%.
Atualmente, no DF, um imóvel de dois quartos demora 30 dias para ser alugado. Um apartamento com quarto e sala leva de dois dias a uma semana para conseguir locatários.
No Brasil, a locação de imóveis é regida pela Lei Nº 8.245, de 1991, popularmente conhecida como a Lei do Inquilinato e, também Lei Nº 12.112, de 2009.
O boletim é produzido graças a uma parceria com duas empresas júnior da Universidade de Brasília (UnB), a Econsult e a Estat.
Dicas para locadores:
- Busque sempre um profissional para colocar seu imóvel para alugar;
- Faça um contrato seguindo os padrões da legislação;
- Faça o laudo vistoria antes da entrega do imóvel;
- Faça a análise cadastral do locatário e;
Faça a manutenção periódica do imóvel
- Dicas para o locatário:
- Fuja das ofertas mirabolantes com preços muito abaixo do mercado;
- Prefira fechar contratos com uma imobiliária ou um corretor profissional;
- Analise a condição real do imóvel;
- Exija o laudo de vistoria antes de entrar no imóvel e;
- Saiba quem é o real proprietário do imóvel