Alerta sobre pessoas de branco que transmitem HIV em Águas Claras é fake news
Mensagem falsa diz que pessoas com o vírus da AIDS passariam nas casas de moradores, disfarçados de enfermeiros, para contaminar a população
atualizado
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“Pessoas vestidas de branco vão passar de casa em casa para medir a taxa glicêmica dos moradores. Não deixem! É um grupo de aidéticos para transmitir o vírus”, diz em letras garrafais uma mensagem que está circulando em grupos de WhatsApp do Distrito Federal. No entanto, o Metrópoles checou as informações com os órgãos de governo e verificou que se trata de boato.
“Amigos e populares, a Vigilância Sanitária e a Polícia Militar acabam de informar que um grupo de aidéticos está em várias cidades abordando as pessoas para que elas façam a medição da glicose. Se você for abordado, denuncie. Ligue 190! Este suposto teste está passando o vírus HIV”, diz a fake news (veja a imagem abaixo).
Procurada pela reportagem, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal desmentiu o boato. “Esse cartaz não é informação oficial da Vigilância Sanitária do DF. Não recebemos denúncia relacionada ao assunto”, divulgou a pasta. O órgão ainda alertou a população sobre o compartilhamento de fake news. “Antes de disseminar uma notícia, é necessário checar as informações com fontes oficiais”, afirmou, em nota.
A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) também negou a emissão da mensagem e ressaltou o perigo desse tipo de informação. “O importante é as pessoas não se submeterem a qualquer exame nas ruas ou a domicílio e procurarem os órgãos responsáveis pessoalmente para esclarecer o fato”, informou.
A mensagem falsa chegou até as redes sociais de moradores do residencial Portal da Liberdade, de Águas Claras. Leandro Ferreira, síndico do condomínio, explicou que o panfleto não foi distribuído no edifício. “Um vizinho postou essa imagem no grupo de WhatsApp, mas ninguém comentou a respeito”, contou. Para ele, esse tipo de fake news pode gerar um desespero desnecessário. “Pode causar algum pânico.”
Outra moradora de Águas Claras disse ter visto a mensagem na internet há alguns meses. “Eu ouvi falar que isso foi compartilhado em outros estados, inclusive. Essas fake news são uma coisa sem controle. A gente tem que filtrar ao máximo”, afirmou a mulher, que é dona de um salão de beleza na região, mas preferiu não se identificar.
Uma das clientes do salão ressaltou que, mesmo com a consciência de que a mensagem seja falsa, sente medo. “Eu fico apreensiva. Você nunca sabe o que é verdade ou não.”