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Além do MIR, funcionários de outros 2 ministérios estão sem salários

Trabalhadores acusam a empresa terceirizada R7 Facilities de não efetuar pagamentos pelos serviços prestados em pelo menos três ministérios

atualizado

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Imagem colorida de pessoas fazendo manifestação em frente ao Ministério dos Direitos Humanos - metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de pessoas fazendo manifestação em frente ao Ministério dos Direitos Humanos - metrópoles - Foto: Material cedido ao Metrópoles

Funcionários terceirizados contratados pela R7 Facilities, que oferece serviços a inúmeros órgãos públicos do Poder Executivo, organizaram uma pequena manifestação, nessa segunda-feira (13/1), por falta de pagamento. Os trabalhadores acusam a empresa de não efetuar pagamentos pelos serviços prestados em pelo menos três ministérios localizados em Brasília, no Distrito Federal.

Além da falta de repasse a terceirizados do Ministério da Igualdade Racial (MIR), como denunciado pelo Metrópoles, trabalhadores lotados nos Ministério dos Direitos Humanos e das Mulheres também reclamam da falta de salário.

Ao Metrópoles, funcionários que não quiseram ter a identidade revelada – por medo de represálias, disseram que a R7 Facilities alega não ter recebido verbas das pastas, por isso não consegue fazer os depósitos.

“Hoje fizemos uma pequena manifestação em frente ao prédio do Ministério dos Direitos Humanos. Infelizmente, a grande maioria dos funcionários fica com receio de participar por medo de perder seus empregos. O que a empresa informa é que os salários não foram pagos porque não houve o repasse dos órgão responsáveis”, disse um funcionário terceirizado.

“O Ministério dos Direitos Humanos está ciente desde o primeiro dia de atraso, no caso dia 7 de janeiro. Segundo eles [ministério], a empresa foi notificada no mesmo dia. [Contudo] ninguém assume uma posição para resolver o problema ou informar uma posição definitiva. Hoje é 13 de janeiro e até o presente momento não temos previsão para receber o salário atrasado”, finalizou.

À reportagem, outro trabalhador contou que apesar de não receberem, os funcionários não deixaram de comparecer aos ministérios. “Todos os funcionários terceirizados continuam trabalhando normalmente, até por medo de perder os seus empregos. Estamos falando de mais de 1 mil pessoas sendo afetadas por esse atraso”, pontuou.

Ao longo do dia, a R7 Facilities encaminhou o seguinte comunicado aos terceirizados: “Gostaríamos de informar que, devido à disseminação de informações falsas e tendenciosas, estamos enfrentando um momento desafiador. Contudo, isso não nos impediu de continuar nosso trabalho com empenho e dedicação. O atraso salarial atual é consequência dos fatores mencionados, e neste mês, foi agravado pela falta de repasses financeiros de alguns órgãos”.

Em nota, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) disse que “está em dia com todas as obrigações contratuais com a empresa R7 Facilities”.  “O prazo final para pagamento dos colaboradores foi dia 8 de janeiro de 2025, quinto dia útil do mês. Ao serem informados pelos colaboradores de que houve o atraso no pagamento, no dia 9 de janeiro, os gestores do contrato notificaram a empresa, solicitando manifestação sobre o ocorrido em 24 horas”, disse a pasta.

“Esse documento até o momento não foi respondido oficialmente pela contratada. No dia 10 de janeiro a solicitação de manifestação da R7 foi reiterada, mas o MDHC ainda não recebeu retorno oficial da empresa. Diante disso, todos os procedimentos necessários para que as sanções cabíveis sejam aplicadas à contratada, conforme previsto em contrato e na legislação aplicável, estão sendo realizados”, finalizou.

O Metrópoles tentou contatar a R7 Facilities e o Ministério dos Direitos das Mulheres, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem. O espaço segue aberto para futuras manifestações.

R7 Facilities

A empresa R7 Facilities, investigada pela Controladoria-Geral da União (CGU) desde março de 2024, por suspeita de usar “laranjas” e endereços de fachada, assinou pelo menos R$ 13,1 milhões em contratos no período com o governo federal.

Segundo registros da Receita Federal, o dono da R7 é o técnico em contabilidade Gildenilson Braz Torres. Gildenilson mora na periferia do Distrito Federal, recebeu auxílio emergencial e tinha R$ 523 em suas contas em 2022, de acordo com um processo de execução fiscal. A CGU investiga o caso há quase um ano.

A empresa também foi a responsável pelas obras de manutenção no presídio federal de Mossoró (RN), que registrou as duas primeiras fugas da história em uma prisão do tipo.

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