Além de enfermeira, Conass teve outra funcionária com coronavírus
Funcionária testou positivo para Covid-19, passou por quarentena de 14 dias e deixou o isolamento neste domingo (29/03)
atualizado
Compartilhar notícia
O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) afirmou que uma segunda funcionária testou positivo para o novo coronavírus, além da assessora técnica do Conass Viviane Rocha de Luiz, 61 anos. A enfermeira é a primeira paciente morta pela doença no Distrito Federal.
A informação foi confirmada ao Metrópoles pelo secretário executivo do Conass, Jurandi Frutuoso. De acordo com Frutuoso, a funcionária testou positivo para Covid-19, mas já cumpriu o período previsto de quarentena, de 14 dias.
A mulher, que não teve identidade revelada, se recuperou da doença e deixou o isolamento ainda neste domingo (29/03) – mesmo dia em que a Secretaria de Saúde (SES-DF) confirmou o primeiro óbito por coronavírus na capital.
Além de Viviane e da outra funcionária, pessoas próximas da enfermeira também passaram por exame para diagnosticar a doença. Nenhum deles apresentou resultado positivo, de acordo com a Saúde. Os exames foram feitos apenas em quem apresentava sinais da Covid-19.
“Fizemos testes em todos aqueles que apresentavam sintomas. Todos deram negativo”, confirmou o subsecretário de Vigilância à Saúde, Eduardo Hage.
Mesmo assim, a pasta continua em monitoramento de amigos, familiares e demais pessoas próximas. Viviane morreu na segunda-feira (23/03). Mas na data ainda não havia chegado a contraprova da doença — o primeiro exame foi inconclusivo. A confirmação do Laboratório Fiocruz saiu neste domingo (29/03).
A enfermeira especialista em saúde pública morreu no Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Segundo o subsecretário de Vigilância à Saúde, de acordo com informação repassada pelo hospital, a paciente ficou todo período de internação no sétimo andar da unidade, reservado para pacientes da doença.
“Ela ficou isolada em uma unidade no sétimo andar. Não teve contato com outros pacientes. Foi a informação que recebi. Ela foi transferida como semi-intensiva. Quando ela chegou não foi para UTI, porque ainda não tinha a comprovação”, contou.
O caso
Viviane, que era assessora técnica do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), entrou no Hran no domingo, dia 22 de março, com quadro de febre, desconforto respiratório e histórico de contato com paciente infectado pela Covid-19 que veio de São Paulo.
A situação dela era considerada mais grave por apresentar comorbidades. O boletim médico apontou que ela tinha obesidade mórbida, hipertensão arterial sem tratamento e era ex-tabagista.
Apesar do tratamento recebido, o quadro de Viviane evoluiu para parada cardiorrespiratória às 11h40 da última segunda-feira (23/03).
A especialista em saúde pública fez exame específico para a Covid-19. Contudo, o primeiro resultado foi inconclusivo. Depois, a contraprova seguiu para o laboratório da Fiocruz. Neste domingo (29/03), houve a confirmação da doença.