Ainda com manifestantes, Esplanada segue fechada na manhã desta sexta
Segundo a SSP-DF, a previsão é que as vias N1 e S1 – entre a Catedral e a Avenida José Sarney – sejam desobstruídas hoje
atualizado
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A Esplanada dos Ministérios permanece interditada para veículos na manhã desta sexta-feira (10/9), três dias após o feriado de 7 de Setembro. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), a previsão é de que as vias N1 e S1 – entre a Catedral e a Avenida José Sarney – sejam desobstruídas ainda hoje.
Após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) divulgar nota nessa quinta-feira (9/9) dizendo que não teve “intenção de agredir quaisquer dos Poderes”, os apoiadores do governo que invadiram a Esplanada dos Ministérios começaram a voltar para casa. No fim da tarde, cerca de 17 caminhões, um motorhome e um ônibus deixaram o ponto de ocupação. Porém, na manhã desta sexta, ainda há manifestantes na região.
O acesso à Praça dos Três Poderes segue restrito. As alternativas são as vias S2 e N2.
Os manifestantes estão na Esplanada desde o Dia da Independência, feriado nacional comemorado em 7 de setembro. Na data, um ato em apoio ao presidente Jair Bolsonaro ocorreu e contou com pessoas de diversas partes do Brasil.
As principais reivindicações dos manifestantes foram a adoção do voto impresso e a destituição de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo estimativas extraoficiais, 400 mil pessoas passaram pela Esplanada durante os atos.
Deputados cobram ação do MPDFT
Deputados distritais cobram a saída dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) da Esplanada. Os parlamentares enviaram a solicitação por ofício para o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) nessa quinta. Segundo os parlamentares, os manifestantes reivindicam medidas extremas, que colocam em risco o estado democrático de direito e suas instituições. Para os deputados, os movimentos também colocam ferem o direito de ir e vir da população.
O ofício é endereçado à procuradora-geral de Justiça do DF, Fabiana Costa. No documento, os políticos do DF demostram preocupação com a possibilidade de prolongamento da permanência dos grupos no centro de Brasília. Eles ainda lembram que há previsão de manifestações de grupos contrários ao presidente Bolsonaro no domingo (12/9). Ou seja, a permanência poderá culminar em cenas de violência entre os grupos antagônicos.
“Brasília não é um quintal de bolsonaristas. O Patrimônio Cultural da Humanidade e seus habitantes precisam ser respeitados. Cabe às autoridades assegurar esse respeito”, afirmou a deputada Arlete Sampaio (PT), uma das signatárias do ofício. O documento também é assinado por Leandro Grass (Rede) e Fábio Felix (PSol).