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Aids: 1º semestre de 2023 tem menor número de casos da história do DF

Período teve a menor quantidade de diagnósticos, considerado o mesmo intervalo de toda a série histórica da SES-DF — iniciada em 2010

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Foto mostra homem colocando um botom com o símbolo do combate À aids e ao HIV
1 de 1 Foto mostra homem colocando um botom com o símbolo do combate À aids e ao HIV - Foto: China Photos/Getty Images

Os primeiros seis meses de 2023 foram o período com menor número de diagnósticos da síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids) no Distrito Federal. O resultado leva em conta o mesmo intervalo em toda a série histórica da Secretaria de Saúde (SES-DF) — iniciada em 2010 e disponível no portal InfoSaúde.

Considerado o primeiro semestre de 2013, o período com mais registros da síndrome de lá para cá, a redução verificada 10 anos depois chegou a 71,3%.

De janeiro a junho de 2013, a SES-DF contabilizou 394 diagnósticos de Aids. No mesmo intervalo de 2023, foram 113.

A Aids representa um conjunto de infecções geradas após a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), que ataca as células de defesa do organismo. Diante disso, o indivíduo fica mais vulnerável a desenvolver doenças e infecções oportunistas, que podem provocar sequelas permanentes ou levar à morte.

Para a SES-DF, os avanços alcançados na produção de medicamentos, principalmente antirretrovirais, permitiu intervir na cadeia de transmissão do vírus. Com isso, o número de novos infectados diminuiu, e a carga viral de pessoas com HIV caiu para níveis indetectáveis — o que evita o desenvolvimento da Aids.

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A baixa imunidade permite o aparecimento de doenças oportunistas, que recebem esse nome por se aproveitarem da fraqueza do organismo. Com isso, atinge-se o estágio mais avançado da doença, a aids
Os medicamentos antirretrovirais (ARV) surgiram na década de 1980 para impedir a multiplicação do HIV no organismo. Esses medicamentos ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico
O uso regular dos ARV é fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV e reduzir o número de internações e infecções por doenças oportunistas
O tratamento é uma combinação de medicamentos que podem variar de acordo com a carga viral, estado geral de saúde da pessoa e atividade profissional, devido aos efeitos colaterais
Em 2021, um novo medicamento para o tratamento de HIV, que combina duas diferentes substâncias em um único comprimido, foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
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HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da aids, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. Os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar. Por isso, a maioria dos casos passa despercebida

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A baixa imunidade permite o aparecimento de doenças oportunistas, que recebem esse nome por se aproveitarem da fraqueza do organismo. Com isso, atinge-se o estágio mais avançado da doença, a aids

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Os medicamentos antirretrovirais (ARV) surgiram na década de 1980 para impedir a multiplicação do HIV no organismo. Esses medicamentos ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico

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O uso regular dos ARV é fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV e reduzir o número de internações e infecções por doenças oportunistas

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O tratamento é uma combinação de medicamentos que podem variar de acordo com a carga viral, estado geral de saúde da pessoa e atividade profissional, devido aos efeitos colaterais

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Em 2021, um novo medicamento para o tratamento de HIV, que combina duas diferentes substâncias em um único comprimido, foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)

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A empresa de biotecnologia Moderna, junto com a organização de investigação científica Iavi, anunciou no início de 2022 a aplicação das primeiras doses de uma vacina experimental contra o HIV em humanos

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O ensaio de fase 1 busca analisar se as doses do imunizante, que utilizam RNA mensageiro, podem induzir resposta imunológica das células e orientar o desenvolvimento rápido de anticorpos amplamente neutralizantes (bnAb) contra o vírus

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Nos Estados Unidos, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças aprovou o primeiro medicamento injetável para prevenir o HIV em grupos de risco, inclusive para pessoas que mantém relações sexuais com indivíduos com o vírus

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O Apretude funciona com duas injeções iniciais, administradas com um mês de intervalo. Depois, o tratamento continua com aplicações a cada dois meses

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O PrEP HIV é um tratamento disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) feito especificamente para prevenir a infecção pelo vírus da Aids com o uso de medicamentos antirretrovirais

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Esses medicamentos atuam diretamente no vírus, impedindo a sua replicação e entrada nas células, por isso é um método eficaz para a prevenção da infecção pelo HIV

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É importante que, mesmo com a PrEP, a camisinha continue a ser usada nas relações sexuais: o medicamento não previne a gravidez e nem a transmissão de outras doenças sexualmente transmissíveis, como clamídia, gonorreia e sífilis, por exemplo

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Além disso, uma parte importante para garantir avanços nos resultados foi a disponibilização de meios para prevenção e tratamento da Aids no sistema público de saúde. Os dados mostram que o combate à síndrome no DF tem demonstrado efeitos positivos, com quedas sucessivas no total de diagnósticos desde 2015.

Confira:

Prevenção necessária

Além do uso de preservativos, outra forma de se prevenir contra o vírus é por meio da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), disponibilizada no Hospital Dia, na Asa Sul, e no Hospital Universitário de Brasília (HUB), na Asa Norte.

A PrEP é indicada para indivíduos em situação de mais vulnerabilidade e com maior suscetibilidade ao risco de infecção pelo HIV.

Informações do painel de monitoramento da PrEP, atualizado pelo Ministério da Saúde, mostram que a procura pelos medicamentos no Distrito Federal cresceu 25% em 2023. Neste ano, 603 pessoas se cadastraram para fazer o tratamento.

A SES-DF lembra, também, da disponibilidade em toda a rede pública de saúde da Profilaxia Pós-Exposição (PEP). O coquetel de medicamentos se destina a pessoas que possam ter entrado em contato com o vírus recentemente.

Recomendada para pessoas que tiveram relação consentida e eventualmente desprotegida, sofreram violência sexual ou tiveram contato com material biológico em acidente de trabalho, a PEP se trata de uma medida emergencial.

O esquema deve ser iniciado o mais rápido possível — preferencialmente nas primeiras duas horas após a exposição e, no máximo, 72 horas depois. O tratamento com a PEP dura 28 dias, e o paciente deve ser acompanhado por uma equipe de saúde.

De janeiro a março deste ano, a Secretaria de Saúde do DF disponibilizou 661 antirretrovirais do tipo.

Proteja-se de ISTs

A rede pública de saúde do DF também disponibiliza — gratuitamente e por todo o ano — preservativos internos e externos, além de gel lubrificante, em todas as unidades básicas de saúde (UBSs) da capital federal.

A camisinha é o método mais conhecido, acessível e eficaz para se prevenir do HIV e de outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como a sífilis, a gonorreia e alguns tipos de hepatites. Além disso, também permite evitar gravidezes não planejadas.

Imagem colorida de tabela com informações sobre meios de prevenção a ISTs e onde consegui-los
Meios disponíveis para prevenção a infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e onde consegui-los na rede pública de saúde do Distrito Federal
Mortes por Aids

O mais recente boletim epidemiológico sobre a síndrome, que analisou dados de 2017 a 2021, registrou 505 mortes que tiveram a Aids como causa básica. Contudo, o coeficiente de mortalidade por 100 mil habitantes registrou queda de 21,6% no período, diminuindo de 3,7, em 2017, para 2,9, em 2021.

A maioria das mortes no DF ocorreu entre pessoas do sexo masculino (73,5%). Em números absolutos, a quantidade de pacientes que não resistiram à Aids foi de 371 homens e 134 mulheres.

O Ministério da Saúde destaca que oito em cada 10 brasileiros com o HIV estão em tratamento. Desse grupo, 95% (665 mil pessoas) estão em situação de supressão viral — quando a carga do vírus no organismo é suficientemente baixa para impedir a transmissão da doença a outros indivíduos.

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