Agência do Trabalhador: gerente é exonerado ao assediar menor aprendiz
Gerente da Agência do Trabalhador teria apalpado os seios de uma menor aprendiz e chamado a adolescente de “meu amor”. A polícia investiga
atualizado
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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga suposto assédio sexual contra uma menor aprendiz dentro de uma Agência do Trabalhador. O crime teria envolvido dois servidores do órgão, que foram exonerados três dias após o episódio vir à tona.
O Metrópoles não vai divulgar o nome dos suspeitos nem mesmo a unidade da agência para evitar que a adolescente de 15 anos seja identificada.
Segundo o boletim de ocorrência, a garota estaria trabalhando e, de repente, um primeiro funcionário teria chegado por trás e beijado o pescoço dela.
No mesmo dia, o gerente, também por trás, teria abraçado a menor aprendiz e apalpado os seios dela. Ele teria ainda chamado a menina de “meu amor” e oferecido carona para casa.
“Não há informações de nenhum ato ‘explícito’, no sentido que ensejasse qualquer tipo de ‘nudez’. Mas, de fato, houve condutas no mínimo ‘inconvenientes’ que, somadas às declarações da ofendida, podem ensejar indiciamento”, destacou o delegado que apura o caso.
O inquérito já foi instaurado, e a PCDF faz a análise das imagens no momento. As inquirições já foram feitas.
De acordo com a investigação, os dois suspeitos tiveram condutas “isoladas” dos demais servidores da unidade em momentos distintos.
Em nota, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet), responsável pela Agência do Trabalhador, confirmou que recebeu a denúncia contra uma das menores aprendizes e que abriu processo administrativo contra os dois servidores comissionados.
Segundo a pasta, a denunciante e a família tem recebido atendimento psicológico e jurídico e, ainda, pode ser transferida de setor ou de unidade caso queira.
A Sedet acrescentou ainda que realiza cursos de formação específica para os atendentes das Agências do Trabalhador, ministrados pela Escola de Governo, nos quais abordam diversos temas, dentre eles, atendimento ao público, vivência profissional e combate ao assédio e importunação sexual.
“A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda considera inaceitável tal ato e repudia, veementemente, toda e qualquer ação contra à dignidade humana. Reforça ainda o alerta a todas as mulheres para que denunciem agressores, assim como foi feito pela menor aprendiz”, concluiu a nota.