Agefis usa drone para flagrar invasões e descarte irregular de lixo
A medida foi anunciada durante teste com o equipamento na tarde desta quinta-feira (18). O custo de cada aparelho é de R$ 12 mil
atualizado
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A Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis) decidiu fazer uso da tecnologia para fiscalizar zonas de descarte irregular de lixo e áreas de ocupação ilegal do solo. Agora, esses pontos serão monitorados com o auxílio de drones, que produzirão imagens aéreas.
Na tarde desta quinta-feira (18/1), foi feita a primeira demonstração da nova ferramenta. E em local escolhido a dedo: um terreno baldio próximo a Vicente Pires, que está entre os atuais 400 pontos de descarte irregular de lixo existentes em território brasiliense.
Segundo a Agefis, esse número já foi bem maior. No início de 2015, mapeamento da autarquia identificou 833 locais onde o lixo era deixado de forma ilegal. Agora, a agência pretende reduzir ainda mais os pontos irregulares de descarte, com o uso dos drones. No entanto, até agora, apenas um aparelho foi adquirido, por R$ 12 mil. O equipamento já está cadastrado na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).“Com o uso dos drones, a expectativa é ter uma cidade limpa e ordenada. Nosso objetivo não é aplicar penalidades, mas fazer com que as pessoas vejam que a impunidade não irá reinar no DF”, afirmou Bruna Pinheiro, diretora-presidente da agência. Segundo ela, a intenção é aumentar gradativamente a frota de drones da Agefis.
Confira imagens do “novo integrante” da Agefis:
Vai doer no bolso
Segundo a Agefis, 140 multas por descarte irregular de lixo foram aplicadas durante o ano de 2017. O valor é cobrado por metro cúbico descartado e pode chegar a R$ 5 mil. No ano passado, o total em multas aplicadas foi de R$ 450 mil, mas, de acordo com Bruna Pinheiro, “nada foi pago.”
Ela também informou que os caminhões transportadores de restos de obra e entulho devem obrigatoriamente estar cadastrados na agência. Caso contrário, os condutores serão multados, e os veículos, apreendidos.
No que se refere ao parcelamento irregular do solo, segundo relato da Agefis, 30 milhões de metros quadrados de terrenos habitados ilegalmente foram recuperados entre 2015 e 2017. Porém, 37% dos lotes do Distrito Federal ainda são irregulares, reconhece a autarquia.
O parcelamento irregular do solo é um câncer que temos na nossa cidade. O drone vai nos possibilitar conseguir informações sobre construções irregulares que estão ainda no início. Dessa forma, é possível exterminar a ação
Bruna Pinheiro, diretora-presidente da Agefis
Veja vídeos do drone em ação: