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Agefis realiza operação de derrubada em São Sebastião. Moradores resistem

Previsão é que ação siga até sexta-feira (15/1) e remova 68 construções recentes, erguidas de forma irregular em área pública. Batalhão de Choque da PM foi acionado

atualizado

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Leonardo Arruda/Especial Metrópoles
derrubada são sebastião
1 de 1 derrubada são sebastião - Foto: Leonardo Arruda/Especial Metrópoles

O clima ficou tenso em São Sebastião, numa região conhecida como Capão Comprido. Tudo por conta de uma operação de derrubada que teve início na manhã desta terça-feira (12/1) da Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis). O objetivo, de acordo com o órgão, é remover construções irregulares na área, localizada atrás do Parque da Vaquejada. Três casas foram derrubadas, mas a operação foi suspensa por volta das 14h devido a uma forte chuva.

A via de acesso à BR-251, que liga Brasília a Unaí (MG), foi interditada. Moradores cercaram o local em protesto contra as derrubadas. Em uma das casas, chegaram até a subir no telhado para impedir o prosseguimento da ação. Não houve confronto com a polícia. Um carro de som esteve no local e orientou a população a não enfrentar os militares.

Leonardo Arruda/Especial Metrópoles
*Leonardo Arruda/Especial Metrópoles**

 

Segundo a Agefis, a previsão é que a operação siga até sexta-feira (15) e remova 68 construções recentes, erguidas em área pública irregular. Ainda de acordo com a agência, a ação começou com 160 servidores do Governo do DF (GDF) no local – número que aumentou com a chegada do Batalhão de Choque da Polícia Militar (BPChoque) no início da tarde.

 

Cíntia
Cíntia Ferreira de Santana se queixa da falta de aviso da Agefis *Leonardo Arruda/Especial Metrópoles**

Os moradores alegam que não foram notificados de que as casas seriam derrubadas e que não tiveram tempo de sair espontaneamente. “Foi uma covardia da Agefis. Eles não notificaram a gente, pegaram de surpresa”, reclamou Dionei Araujo, 29 anos, operador de retroescavadeira.

Cíntia Ferreira de Santana, de 28 anos, também se queixou da falta de aviso. “Não sei se outras pessoas foram avisadas, mas eu não recebi notificação alguma”. “Estava em casa e eles simplesmente começaram a quebrar tudo”, lamenta a bacharel em administração.

Irmã de Cíntia, Lucilene Ferreira de Santana, de 22 anos, conta que estava no trabalho, na W3 Sul, quando soube da operação. “Fiquei muito nervosa, pedi dispensa e corri para casa”, relata a operadora de telemarketing.

A Agefis informa que os moradores não foram notificados por se tratarem de construções irregulares em área pública. Segundo a agência, a população foi informada de que a área não estava legalizada e que uma operação poderia ocorrer a qualquer momento. A diferença para as casas dos lagos Sul e Norte, explica, é que os lotes às margens do Lago Paranoá foram comprados de forma regular.

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