Aeroporto de Brasília tem pior movimento registrado dos últimos 25 anos
Com queda de 96,5% no fluxo de pessoas devido à pandemia da Covid-19, terminal computou em abril o mesmo volume que teria em um dia normal
atualizado
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Dois meses depois de o Distrito Federal confirmar o primeiro caso de coronavírus, o Aeroporto Internacional de Brasília registrou o pior movimento dos últimos 25 anos. Com suspensão das viagens internacionais, cancelamentos de voos e o medo da contaminação, o terminal com maior hub (pontos de conexão) doméstico do país teve queda de 96,5% no deslocamento de pessoas no mês de abril, em comparação com o mesmo período do ano passado.
O impacto da pandemia no aeroporto foi tão drástico que o movimento de todo o mês correspondeu a um dia de fluxo normal. Em abril deste ano, 45.577 usuários passaram pelo local. Trata-se do menor número histórico de passageiros já computado desde que a Inframerica assumiu a concessão do terminal aéreo, em 2012, e a menor marca dos últimos 25 anos.
Em 2019, mesmo com a paralisação das operações da Avianca, a quantidade de pessoas que circularam pelo Aeroporto de Brasília chegou 1,3 milhão. O fluxo aéreo foi de 11.418 pousos e decolagens, contra os atuais 1.659.
Desde o dia 25 de março, foram suspensos todos os voos diretos da capital federal para os nove destinos internacionais. Assim, em abril, somente 11 operações para o exterior ocorreram, a grande maioria de cargueiros e da aviação executiva.
Expectativa
O Aeroporto de Brasília retomará voos para oito destinos nacionais até o final deste mês. Com a inclusão dos novos trechos, o terminal ligará a capital da República a 24 cidades brasileiras. A provável retomada progressiva dos voos dependerá da evolução da disseminação da Covid-19, que tem mantido curva crescente no DF e no restante do país.
Para poder atuar e disponibilizar essas viagens, o terminal da capital brasileira tem respeitado todas as medidas sanitárias exigidas pelas autoridades de saúde. O aeroporto faz a limpeza do local com produtos para desinfecção de unidades de terapia intensiva (UTIs), além de separação de mesas, cadeiras e a sinalização de uma distância segura em filas, balcões e elevadores. Também exige uso de máscaras para quem circula pelo recinto, entre outras ações para evitar o contágio pela Covid-19.
O Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF) também mede a temperatura de todos os passageiros que desembarcam no aeroporto, e um novo sistema afere a temperatura de quem está embarcando. O novo equipamento inclusive verifica o uso de máscara de proteção.