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Advogado que matou motociclista postou vídeos em bar antes do acidente

O advogado Jefferson Gonçalves de Santana atropelou e matou o motociclista João Santana Souto Neto no sábado (30/7) na BR-060

atualizado

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O motorista acusado de atropelar e matar um motociclista no Distrito Federal postou vídeos em um bar horas antes de se envolver no acidente fatal na BR-060. Na madrugada de sábado (30/7), o advogado Jefferson Gonçalves de Santana, 30 anos, publicou no Instagram imagens em que aparece bebendo e na companhia de amigos. Nos registros, Jefferson tira fotos de si mesmo tomando cerveja. Ele foi preso após se recusar a fazer o teste do bafômetro, mas foi liberado no domingo (31/7).

Nas publicações, o advogado marca a localização do bar onde passa a noite com amigos, um estabelecimento em Santo Antônio do Descoberto (GO), no Entorno do DF, a 30 minutos do local onde houve o acidente. Em uma das imagens, há a mensagem: “Tem vida mais barata”.

Veja:

6 imagens
Em post no Instagram, Jefferson mostra cerveja
Advogado aparece segurando garrafa de bebida
Motorista estava em bar localizado em Santo Antônio do Descoberto
Advogado postou fotos com amigos
Nas redes sociais, advogado mostrou que noite foi regada a bebida alcoólica
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Advogado postou foto consumindo bebida alcoólica horas antes do acidente

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Em post no Instagram, Jefferson mostra cerveja

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Advogado aparece segurando garrafa de bebida

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Motorista estava em bar localizado em Santo Antônio do Descoberto

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Advogado postou fotos com amigos

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Nas redes sociais, advogado mostrou que noite foi regada a bebida alcoólica

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Para os agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) acionados para o acidente que matou o motociclista João Santana Souto Neto, 26 anos, Jefferson apresentava sinais de embriaguez. Ainda segundo policiais rodoviários e militares que atuaram na ocorrência, havia garrafas de bebida alcoólica perto e dentro do carro envolvido na colisão.

O acidente aconteceu por volta das 2h no Km 6 da via, perto do estacionamento da empresa de ônibus Urbi Mobilidade Urbana, uma das operadoras do transporte coletivo no DF. A vítima, que trabalhava como manobrista para a empresa de transporte, saía do expediente.

João seguia na pista quando foi atingido por um Polo vermelho conduzido pelo advogado. Foi o próprio condutor que afirmou aos agentes da PRF sobre a dinâmica da colisão. O motociclista morreu na hora.

De acordo com o relato dado à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) pelos dois agentes que atenderam o flagrante, Jefferson se recusou a soprar o bafômetro, mas apresentava sinais de embriaguez, como hálito etílico, olhos vermelhos e fala arrastada.

Além disso, o Metrópoles apurou que a equipe do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) encontrou garrafas de cerveja dentro do carro de Jefferson e também perto do veículo. O motorista foi levado ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC) depois de se queixar de dores na lombar.

Depois de ir ao hospital, o condutor foi preso em flagrante após auto de constatação de embriaguez.

Outro lado

A reportagem procurou o advogado para apresentar a sua versão dos fatos. Segundo conta Jefferson, após o acidente, o carro dele caiu em uma ribanceira, e ele foi levado ao hospital pelos bombeiros. Com dores na coluna, o advogado pediu para ser medicado.

“Chegando lá, eu fiquei muito abalado. Chorei muito, perguntava para todo mundo se as pessoas estavam bem, porque não sabia quantos eram”, narra o advogado. “Como não conseguia me mexer, me administraram um remédio que me deixou grogue”, completou.

Depois disso, segundo o condutor, os policiais chegaram à unidade de saúde e o informaram que ele teria que passar pelo teste do bafômetro. “Eu falei que não, pois, naquela circunstância, não conseguiria. Eu estava com medo, dopado, não conseguia me mover”, explicou o motorista.

Ainda segundo o advogado, os policiais começaram a pressionar o médico para que ele recebesse alta. O profissional o mandou ver um ortopedista. Conforme narra Jefferson, os policiais entraram na sala do especialista e, depois que saíram, o ortopedista apenas perguntou se ele estava sentindo dor e deu alta.

“Então, o policial me mandou entrar na viatura. Eu falei que não dava conta, mas ele disse que eu tinha de dar”, continuou o advogado. “Em momento nenhum, tiveram consideração pelo meu estado de saúde”, alegou o condutor.

O advogado conta que vai consertar o que afirma ter sido um tratamento injusto por parte dos policiais na Justiça. Questionado sobre as publicações no Instagram horas antes do acidente, o advogado preferiu não se manifestar.

O acidente de trânsito é investigado pela 32ª Delegacia de Polícia (Samambaia).

Veja imagens do acidente e da vítima:

5 imagens
CBMDF atuou na ocorrência
Motociclista morreu na hora
João Santana Souto Neto faleceu em acidente de trânsito
João Santana Souto Neto foi atingido por um carro na BR-060
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Veículo envolvido no acidente

Divulgação/CBMDF
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CBMDF atuou na ocorrência

Divulgação/CBMDF
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Motociclista morreu na hora

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João Santana Souto Neto faleceu em acidente de trânsito

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João Santana Souto Neto foi atingido por um carro na BR-060

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