metropoles.com

Advogado que desviou dinheiro do ICS é preso em operação da PCDF

Ele é acusado de integrar grupo acusado de desviar recursos do Instituto Candango de Solidariedade (ICS)

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Rafaela Felicciano/Metrópoles
1 de 1 Rafaela Felicciano/Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A Operação Semana Mais Santa, deflagrada pela Polícia Civil na manhã desta quinta-feira (29/3), colocou atrás das grades o advogado Robson Neves Fiel dos Santos. Ele foi condenado sob a acusação de usar o seu escritório, de 1999 a 2006, para acobertar desvios de dinheiro público feitos por seu cunhado Ronan Batista de Souza, à época presidente do Instituto Candango de Solidariedade (ICS).

Em 2011, Robson foi condenado a mais de 12,8 anos de prisão, mas ele se mantinha em liberdade em função dos sucessivos recursos apresentados. Nessa quarta (28), após a Justiça expedir novo mandado de prisão, o advogado não conseguiu escapar da ação da PCDF.

Já Ronan Batista, cunhado de Robson, foi condenado em 2011 e soma mais de 22 anos de prisão. Atualmente, está em liberdade.

O esquema
Em 2004, investigação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) analisou  contratos do Governo do Distrito Federal feitos sem licitação por meio do ICS. Os promotores descobriram que uma quantidade substancial de recursos públicos serviam para alimentar um grupo político e empresarial entre 1999 e 2006. No período, teriam passado pelo escritório de advocacia mais de R$ 4 milhões.

De acordo com as investigações, o ICS era um cabide de empregos para indicações políticas e também se tratava de um grande escoadouro de recursos públicos. Foi pelo instituto que o então presidente da Companhia de Planejamento (Codeplan), Durval Barbosa, contratou diversas empresas de informática. Nas diligências da Caixa de Pandora, conforme revelou Durval, essas companhias pagavam propina para distritais e integrantes do alto escalão do GDF.

Em outubro de 2006, o MPDFT e a Polícia Federal deflagraram a Operação Candango, responsável por prender 12 pessoas, entre elas, o então presidente do ICS, Lázaro Severo Rocha, e Ronan Batista de Souza, ex-presidente da entidade e ex-secretário da gestão Roriz.

Semana Mais Santa
Outro detido na Operação Semana Mais Santa foi um ex-policial militar do Distrito Federal condenado há 21 anos de prisão por latrocínio (roubo seguido de morte). O preso era procurado desde 2000 e sua sentença expiraria em agosto de 2018, em decorrência da prescrição executória da pena.

Além do ex-militar, mais nove pessoas foram detidas na ação. Duas em flagrante pelo crime de tráfico de drogas e outras sete por força do cumprimento de mandado. Entre eles, está um homem acusado de estuprar uma criança. Todas as prisões ocorreram na região de Planaltina. Os acusados foram levados para a carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE).

Coordenada pelo Departamento de Atividades Especiais (Depate), a operação Semana Mais Santa tem como principal objetivo reduzir a sensação de impunidade ao cumprir os mandados de prisão de criminosos condenados pela Justiça que estão foragidos.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?