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DF: advogado que atropelou servidora deverá manter distância da vítima

Justiça do DF autorizou Paulo Ricardo Milhomem a ir para o regime aberto. No entanto, ele não poderá se aproximar a menos que 500m da vítima

atualizado

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Foto 3x4 de homem branco, de cabelos pretos, usando terno e gravata pretos, além de camisa branca
1 de 1 Foto 3x4 de homem branco, de cabelos pretos, usando terno e gravata pretos, além de camisa branca - Foto: Reprodução

A servidora Tatiana Thelecildes Fernandes Machado Matsunaga, atropelada pelo advogado Paulo Ricardo Moraes Milhomem (foto em destaque) em 2021, conseguiu medidas cautelares contra ele. Condenado a 11 anos de prisão por tentativa de homicídio duplamente qualificada, em 26 de julho de 2023, ele progrediu para o regime aberto, mas terá de manter distância da vítima e cumprir outros tipos de medidas cautelares.

Em 5 de março último, Paulo Ricardo teve a pena reduzida de 11 anos para 9 anos e 6 meses de prisão, por decisão da 2ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT). Em maio deste ano, ele recebeu direito à cumprir a pena em regime semiaberto. Em agosto deste ano, ele progrediu para regime aberto.

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Na decisão mais recente, publicada na última quinta-feira (5/9), a Vara de Execuções das Penas em Regime Aberto (Vepera) atendeu a um pedido da defesa de Tatiana e determinou que o advogado mantenha a distância da vítima em endereços específicos como condição para permanecer fora da cadeia.

A determinação obriga Paulo Ricardo a usar tornozeleira eletrônica, manter distância mínima de 500 metros de Tatiana e de parentes dela nos endereços citados na decisão, bem como de entrar em contato com eles por qualquer meio de comunicação ou via terceiros.

O advogado de Tatiana, Alexandre Queiroz, informou que não poderia comentar a decisão em razão do sigilo imposto.

Relembre o caso

O crime ocorreu na QI 19 do Lago Sul, em 25 de agosto de 2021. Paulo Ricardo dirigia um Fiat Idea prata, quando perseguiu Tatiana desde a QI 15, onde os dois haviam se desentendido no trânsito pouco antes.

Câmeras do circuito de segurança da casa onde a família da vítima morava, na QI 19, flagraram o atropelamento. Tatiana havia posicionado o veículo de ré para entrar na garagem do imóvel, mas o advogado chegou e teve início uma troca de ofensas.

Com a gritaria, o marido da vítima saiu de casa para ver o que ocorria. Tatiana desceu do veículo que conduzia, quando Paulo Ricardo fez uma manobra brusca e avançou com o Fiat Idea sobre ela. O marido da servidora pública e o filho do casal, à época com 8 anos, testemunharam o crime.

A servidora sofreu múltiplas lesões no quadril e no tornozelo, além de traumatismo craniano, o que a deixou internada por dias numa unidade de terapia intensiva (UTI). Tatiana precisou de mais de um ano para recuperar parte da capacidade física, motora e mental que tinha antes de ser vítima do crime.

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