Advogado de agressor de garoto alega desmoralização: “Pessoa íntegra”
De acordo com o advogado Guilherme Aguiar Alves, o Victor Batista está à disposição das autoridades policiais, e não é considerado foragido
atualizado
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Por meio de nota divulgada nesta quarta-feira (27/4), a defesa de Victor de Sales Batista, 27 anos, acusado de espancar menino de 14 anos, no Núcleo Bandeirante, manifestou-se a respeito do fato ocorrido no último sábado (23/4). De acordo com o advogado Guilherme Aguiar Alves, o agressor permanece em contato com as autoridades policiais, e não é considerado foragido.
O texto afirma que Victor está à disposição da Justiça e deve comparecer, até o fim desta semana, à 11ª Delegacia de Polícia (Núcleo Bandeirante) para prestar os devidos esclarecimentos. Ainda segundo o documento, a defesa alega que a família do acusado tem sido alvo de ameaças.
“Diante de todas as ameaças que familiares vêm sofrendo, a defesa esclarece que todas as medidas legais pertinentes vão ser tomadas. Ameaças não serão mais aceitas , familiares necessitaram de amparo médico devido ao grande numero de ameaças que vêm sofrendo”, relata o advogado.
Por fim, o defendor também menciona que o cliente está sendo desmoralizado. “Cumpre esclarecer que, muito embora todas as tentativas de desmoralização, o senhor Victor é estudante e pessoa integra, trabalhadora e honesta”, destaca.
O caso
As agressões ocorreram na Vila Nova Divineia, no Núcleo Bandeirante, e foram reveladas pelo Metrópoles. O caso ganhou repercussão nacional pela brutalidade das imagens. Nas cenas, gravadas por outro adolescente, Victor chega à quadra de esportes, pula o alambrado e surpreende o garoto.
Veja o momento da agressão:
“Ele me bateu sem parar. Eu só fiquei tentando me defender e protegi a minha cabeça, que era o mais importante”, acrescentou. Com o garoto no chão, teria dito: “Na próxima vez, vou é te matar”.
A advogada que representa a família do adolescente espancado no último sábado (23/4) pedirá à polícia que o caso seja tipificado como tentativa de homicídio por motivo fútil. Atualmente, os policiais tratam a ocorrência como lesão corporal leve.
Em vídeo divulgado à imprensa, o delegado-chefe da 11ª DP, Rafael Bernardini, afirmou que o laudo do exame de corpo de delito feito pelo adolescente vai indicar a gravidade das lesões. “Os fatos ocorridos, em tese, adequam-se aos crimes de ameaça, injúria e lesão corporal, com penas máximas de 2 anos”, afirmou.