Advogada suspeita de planejar fuga de Marcola ganha prisão domiciliar
Decisão da Justiça Federal no DF determina que ela use tornozeleira eletrônica e só saia de casa para compromissos médicos
atualizado
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A advogada Kassia Regina Brianez Trulha de Assis, 41 anos, ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e suspeita de ajudar no plano de fuga de Marcola da prisão federal de Porto Velho (RO), teve a prisão preventiva convertida em domiciliar por decisão da Justiça Federal no Distrito Federal.
Kassia foi presa no dia 10 de agosto em Três Lagoas (MS) e estava há seis dias no Presídio Militar de Campo Grande. A decisão favorável à mudança de regime foi divulgada na tarde da última segunda-feira (15/8), após a defesa alegar que a advogada precisa acompanhar a vida do filho, de 13, com Transtorno do Espectro Autista.
O juiz federal Francisco Codevila, da 15ª Vara Federal Criminal do DF, concedeu o alvará de soltura, determinou que Kassia faça uso de tornozeleira eletrônica e tenha autorização para deixar sua casa apenas para emergências médicas e consultas de tratamento da criança, com apresentação de atestado e dos endereços dos atendimentos.
PF e Depen prendem integrantes do PCC que planejavam resgatar Marcola
De acordo com a decisão, a advogada terá que usar o equipamento pelo prazo de 90 dias.
Ela também deve sair da prisão domiciliar para “atender aos chamados da Justiça e Polícia Federal”, que segue com a investigação sobre o suposto envolvimento da advogada no plano de fuga de Marcola.
Operação
A Polícia Federal e o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) deflagraram, no último dia 10, a operação contra grupo suspeito de planejar fugas de chefes de uma organização criminosa presos em penitenciárias federais.
A ação, batizada de Operação Anjos da Guarda, teve o objetivo de desmantelar o plano de resgate de líderes do PCC presos nas Penitenciárias Federais de Brasília e Porto Velho (RO). Entre eles Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, transferido de Brasília para a capital de Rondônia em março deste ano. Cynthia Giglioli da Silva, mulher de Marcola, também foi um dos alvos de busca e apreensão, em Alphaville, na capital paulista.
Cerca de 80 policiais federais cumpriram 11 mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão em três unidades da Federação: Distrito Federal (Brasília); Mato Grosso do Sul (Campo Grande e Três Lagoas) e São Paulo (capital, Santos e Presidente Prudente).