Advogada acusa corretor de aplicar golpe no valor de R$ 500 mil
Alice Almeida diz ter sido enganada por Leandro Fernandes. Ela afirma que o homem usou documentos falsos na negociação de um apartamento
atualizado
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A 1ª Delegacia de Polícia da Asa Sul investiga a denúncia de uma advogada que diz ter sido vítima de um grande golpe, aplicado por um corretor de imóveis. Alice Sibele Almeida da Rocha, 41 anos, acusa o corretor Leandro Fernandes de Sousa de ter usado documentos falsos em um negócio envolvendo a compra de um apartamento. O processo nunca foi concretizado. O prejuízo, segundo ela, é de quase R$ 500 mil.
O negócio teve início em outubro do ano passado, mas Alice e o marido só tomaram conhecimento do suposto golpe em 15/3. Nesta data, eles voltaram de viagem e, após contato com os proprietários do imóvel que pretendiam comprar, descobriram que a proposta feita não havia sido aceita. Em seguida, teriam ouvido do próprio corretor que ele havia pegado para si R$ 260 mil em dinheiro e um Audi A5, modelo 2015, avaliado em R$ 128 mil, dados pela família como parte do negócio.
Além disso, Alice e o marido contrataram um arquiteto para projetar a reforma do imóvel, ao custo de R$ 49 mil. Também pagaram R$ 43 mil para uma marmoraria fornecer pedras de granito que seriam colocadas no local.O apartamento a ser adquirido, localizado na Asa Sul, era vendido por R$ 2,6 milhões. O sinal, de R$ 310 mil, eles pagaram da seguinte forma: R$ 182 mil em cheque nominal aos donos do imóvel e R$ 128 mil envolvendo o automóvel da marca Audi. A família daria ainda R$ 1,5 milhão da venda do apartamento onde Alice mora com o esposo e os filhos, R$ 300 mil de uma sala localizada em um prédio comercial próximo ao Taguatinga Shopping e mais R$ 400 mil financiados.
Segundo a advogada, o corretor sacou no banco os R$ 182 mil pagos em cheque nominal, além de ter ficado com o Audi. Ele teria vendido o veículo pouco depois, já que recebeu do marido de Alice o documento de transferência, que deveria ser repassado para os novos donos, e R$ 78 mil, que seriam usados no pagamento de uma uma guia para transferência do imóvel, supostamente falsa, apresentada como emitida pelo Ministério da Fazenda.
Ainda segundo Alice, ao registrarem boletim de ocorrência na Polícia Civil, ela e o marido descobriram que o corretor já responde processo por estelionato. Na semana passada, a advogada consultou o registro profissional de Leandro, que permanecia ativo.
O Metrópoles ligou durante toda a tarde desta sexta-feira (24/3) para o contato do corretor Leandro Fernandes de Sousa, mas, até a publicação desta matéria, não obteve retorno.