Administrações regionais do DF vão passar por reestruturação
Proposta é remanejar servidores e devolver a administradores o poder de fiscalização. As mudanças devem ocorrer junto com a criação da Secretaria das Cidades
atualizado
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As administrações regionais do Distrito Federal vão passar por uma reestruturação. A proposta é remanejar a quantidade de servidores nas unidades para que sejam proporcionais ao número de habitantes das cidades. As eleições para administrador, promessa de campanha de Rodrigo Rollemberg, ainda não entraram nas discussões. Três administradores coordenam os trabalhos: Marcos Pacco (Plano Piloto), Ricardo Lustosa (Taguatinga) e Eduardo Rodrigues (Itapoã e Paranoá).
As mudanças aumentariam o poder dos administradores e devolveriam a eles a prerrogativa de fiscalização, que hoje está com a Agefis. As administrações estão sucateadas: falta verba e pessoal para atender bem a população. Todo o movimento será feito em conjunto com a criação da Secretaria das Cidades. A pasta deve ficar com o PSB, resta saber quem vai assumir a missão nada fácil.
Um dos nomes mais cotados é o de Marcos Pacco, administrador do Plano Piloto. O socialista teve cerca de 27 mil votos nas urnas, em 2014, e tem participado do movimento que defende as mudanças. Igor Tokarski, secretário adjunto de Relações Institucionais, e Marcos Dantas, secretário de Mobilidade, também têm chances. A escolha do nome será do PSB.
O anúncio não deve demorar. O prazo para a escolha deve terminar junto com a janela partidária, nesta sexta-feira (18/3). “Seria um desafio assumir a pasta, deixo a escolha para o governador”, afirmou Pacco. Ele diz que as administrações trabalham com poucos servidores. “Na Administração do Plano Piloto, temos 68 pessoas, antes eram 300. Na Administração de Águas Claras, há 70 pessoas. Temos de equalizar as realidades”, afirmou.
Parceria
O chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio, ressaltou que as administrações voltaram a analisar e aprovar projetos de construções unifamiliares, antes atribuição da Secretaria de Gestão do Território e Habitação. “A nova secretaria terá a atribuição de articular, mediar, dar suporte e respostas às demandas das administrações. É para atender um pedido dos administradores. Não vamos deixar uma administração com uma boa situação de servidores e outra com situação crítica”, afirmou Sampaio. “Temos que repartir a pobreza nas administrações”, completou.
Empresários da construção civil pressionam para que a aprovação de projetos sejam agilizados pela Central de Aprovação de Projetos (CAP). A fila de cartas de habite-se parados na Segeth chega a 3,3 mil. Uma das possibilidades para isso é transferir a CAP para a Secretaria das Cidades.